Lula, Requião e Gleisi Hoffmann - Divulgação/ Ricardo Stuckert
Lula, Requião e Gleisi HoffmannDivulgação/ Ricardo Stuckert
Por PAULO CAPPELLI

Rio - Nem o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT-BA) nem o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP). Um outro nome ganha força no Partido dos Trabalhadores para disputar a Presidência caso, como esperado, Lula não possa se candidatar. Trata-se do senador Roberto Requião (MDB-PR), que tem participado das agendas de Lula pelo Brasil e migraria para o PT. "O Requião é visto como parte da 'banda boa' do MDB. O discurso contra o sistema financeiro agrada à ala mais esquerdista e nacionalista do PT", diz um petista.

O nome de Requião já foi levado à presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Amanhã, Lula e Requião estarão juntos em ato em Chapecó, Santa Catarina. Domingo, vão a Nova Erechim e São Miguel do Oeste, no mesmo estado.

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Um outro entusiasta da ideia afirma que Requião é conhecido por ser "defensor das empresas estatais", além de ter experiência administrativa como ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba.

Wagner no páreo

Investigado na Lava Jato por suspeita de ter recebido R$ 82 milhões em propina, Jaques Wagner perdeu força, mas ainda mantém considerável apoio no partido e se movimenta para ser o substituto do ex-presidente. "Ele tem um perfil mais parecido com o do Lula do que o Requião", avalia um petista da ala pró-Wagner.

Fora do baralho

Já Haddad é carta fora do baralho. Apesar de ser visto como qualificado, é inviável o PT lançar à Presidência um candidato que perdeu o comando da Prefeitura de São Paulo na última eleição.

Caetano apela a Freixo

Intelectuais e artistas como Caetano Veloso, o antropólogo Luiz Eduardo Soares e a produtora cultural Paula Lavigne assinaram ontem uma carta aberta em que pedem a aliança de partidos de esquerda na eleição do Rio. O documento foi divulgado no dia em que, ao Informe, Marcelo Freixo (Psol) descartou concorrer ao governo estadual em aliança que envolveria PT e PCdoB.

Recado

Freixo diz que concorrerá a deputado federal para fortalecer o Psol em Brasília. Sem citar nomes, a carta apela: "Clamamos aos partidos que deixem de lado as divergências e se unam (...) pela reconstrução do estado. Há projetos eleitorais partidários e individuais que devem ser respeitados, entretanto, no cenário atual, (é necessário) sacrificar os planos anteriormente traçados em nome da emergência imposta (...)"

Vai com calma!

Presidente do PPL, Vivaldo Barbosa nega que o partido tenha consolidado apoio a Anthony Garotinho (PRP) ao Palácio Guanabara, diferentemente do que o ex-governador afirma. "Sem querer ser indelicado com o Garotinho, o PPL também está conversando com o pré-candidato Romário (Pode) e com o PT (que apoiará Freixo ou lançará Celso Amorim). Ainda não decidimos nada."

A conversa e o medo

Marcelo Crivella (PRB) jantou com o presidente da Câmara, Jorge Felippe (MDB), na Barra. Discutiram alteração na taxa de contribuição patronal que, se aprovada, obrigará a Casa e o Tribunal de Contas do Município a demitir comissionados. E por falar em Câmara: após o site 'The Intercept Brasil' revelar que milicianos estiveram no Parlamento pouco antes do assassinato de Marielle, a sessão de ontem...caiu.

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