Prefeito Marcelo Crivella - Divulgação
Prefeito Marcelo CrivellaDivulgação
Por PAULO CAPPELLI

Rio - À frente da cobiçada Secretaria de Infraestrutura, Urbanismo e Habitação (espécie de superpasta de Obras), Verena Andreatta pediu ontem exoneração ao prefeito Marcelo Crivella (PRB). Foram dois os motivos. Primeiro, a arquiteta não aprovou a nomeação, para a presidência da RioUrbe (Empresa Municipal de Urbanização), de Fábio Lessa Rigueira, um dos engenheiros indiciados por homicídio culposo pela queda da Ciclovia Niemeyer em 2016.

O segundo fator foi a exoneração, ontem, de Renato Tinoco Gonzaga, subsecretário de Gestão da pasta comandada por Verena. Oriundo do Tribunal de Contas do Município, Tinoco fiscalizava os contratos da secretaria, gerenciava o orçamento e tinha a confiança da titular. Apesar de as mudanças na Rio Urbe e na Subsecretaria de Gestão ocorrerem dentro da pasta que comanda, Verena só ficou sabendo de ambas ao ler publicações de Crivella no Diário Oficial.

Indicação

Pela manhã, via WhatsApp, Verena pediu a Crivella que assinasse sua exoneração. O prefeito, então, acenou com a possibilidade de Verena indicar o sucessor de Tinoco na Subsecretaria de Gestão e disse que conversaria com ela mais tarde. Até o fim do expediente, a conversa não ocorreu.

Mais um

Caso Verena não mude de ideia, será a segunda baixa na prefeitura esta semana. Coordenador de Relações Internacionais, espécie de embaixador do Rio, Antonio Fernando de Mello pediu para sair e já teve a exoneração publicada.

Sem clima

O ambiente entre Verena e o subsecretário de Infraestrutura, Sebastião Bruno, não está bom. Ele teria influenciado Crivella a fazer as alterações na superpasta.

Lembrando

Verena assumiu a secretaria em janeiro após a saída de Indio da Costa (PSD-RJ).

Sem resposta

A Coluna telefonou para Verena, que não retornou a ligação.

Equipe permanece

Suplente que assumiu no lugar de Marielle Franco, Babá (Psol) diz que manterá em seu gabinete os funcionários que trabalhavam com a vereadora assassinada.

Fernandes no PDT

Secretário municipal de Assistência Social e deputado estadual licenciado, Pedro Fernandes trocou o MDB pelo PDT. Assinou ontem a ficha de filiação ao lado do presidente nacional do partido, Carlos Lupi. A princípio, concorrerá a deputado federal. Mas Fernandes sonha em crescer nas pesquisas para se tornar o nome do PDT ao Palácio Guanabara.

Aliás

A possibilidade de disputar o governo pelo PDT foi decisiva para que Fernandes se afastasse do PRB o partido de Crivella já anunciou apoio a Indio da Costa (PSD-RJ). Embora ainda não tenha definido um nome, o PDT terá candidato próprio no Rio para fazer palanque para o presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE).

Orçamento da Segurança

A comissão de deputados federais que acompanha a intervenção no Rio marcou audiência, terça, com os secretários estaduais de Segurança, general Richard Nunes, e de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes. "É importante saber como serão usados os recursos repassados pela União. E como fazer para que sejam aplicados com rapidez", diz Pedro Paulo Carvalho (MDB-RJ).

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