Governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles - Divulgação
Governador em exercício do Rio, Francisco DornellesDivulgação
Por PAULO CAPPELLI

Rio - O vice-governador Francisco Dornelles (PP) defende que a Cedae não seja privatizada. Segundo ele, o melhor modelo é a concessão, medida que permitiria à empresa pública manter a maioria dos servidores. "A Cedae continuaria dona da água. Ela a venderia para a iniciativa privada. Haveria, sim, a privatização da distribuição e do serviço de esgoto. Isso preservaria muitos empregos na Cedae", diz.

O Informe perguntou a Dornelles se o governo federal não deverá apresentar resistência à ideia. Isso porque, no ano passado, a privatização foi colocada como condição para o pacto de recuperação financeira que envolve o recebimento, pelo Palácio Guanabara, de R$ 2,9 bilhões em empréstimos. O vice-governador respondeu: "A União não pode criar empecilho, porque esse é um procedimento que também interessa ao setor privado."

O outro lado

Um crítico contesta o modelo de concessão: "As empresas lucrariam com a distribuição de água e com o serviço de esgoto, mas o passivo trabalhista e previdenciário permaneceria com o estado por meio da Cedae."

Só no ano que vem

A modelagem é traçada pelo BNDES em conversas com integrantes do governo estadual. Como já saiu aqui, a privatização (ou concessão) só deve ser concluída em 2019.

Polícia na rua

A mesa diretora da Assembleia Legislativa se reunirá hoje, às 14h. A tendência é que decida devolver 100% dos policiais militares remanescentes à Secretaria de Segurança. Caberá aos parlamentares interessados na manutenção justificar o pedido de escolta e submetê-lo à análise da intervenção federal.

Os três Poderes

Em meio à discussão, o deputado Pedro Fernandes (PDT) elaborou ontem um projeto de lei que obriga Alerj, Justiça do Rio e Palácio Guanabara a devolverem todos os PMs cedidos.

Vitória do bom senso

Após a Secretaria de Segurança requerer os agentes que faziam a escolta de Marcelo Freixo (Psol), que presidiu a CPI das Milícias, o parlamentar, correligionário da vereadora assassinada Marielle Franco, foi à Secretaria de Segurança e explicou a singularidade do seu caso. No fim, foi acordado que os PMs serão substituídos por policiais civis.

Daqui ninguém me tira

Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, Pedro Fernandes acertou sua ida para o partido para ser candidato a deputado federal. Mas o recém-filiado tem dito que não deixará o Rio: concorrerá ao governo ou tentará a reeleição à Alerj. Fernandes aponta dois motivos: não se distanciar da filha de 1 ano, tendo que ir para Brasília. E fortalecer a bandeira da Segurança Pública, o que, avalia, conseguirá fazer melhor no Rio.

Onça com vara curta

Publicação de Marcelo Crivella (PRB) no Diário Oficial de ontem irritou o presidente da Câmara Municipal, Jorge Felippe (MDB). Ao mudar a estrutura organizacional da Secretaria de Conservação e Meio Ambiente, o prefeito esvaziou o chefe do Legislativo e fortaleceu as próprias indicações para a pasta.

Ex-desafeto de Crivella

Ao ver Victor Travancas em evento da prefeitura, a subsecretária Aspásia Camargo correu para avisar Crivella. O prefeito a tranquilizou: "Fui eu que convidei." Como saiu aqui domingo, o advogado ganhou um cargo na Rio Eventos.

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