Palácio do Planalto - Roberto Stuckert Filho / Divulgação Presidência da República
Palácio do PlanaltoRoberto Stuckert Filho / Divulgação Presidência da República
Por PAULO CAPPELLI

Rio - Veja que situação inusitada. Tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto o do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), terão que sair do país por dez dias. É que o presidente Michel Temer (MDB) viajará 5 de maio para a Ásia e só retornará no dia 15. Como Temer não tem vice, caberia a Maia ou Eunício, nessa ordem, assumir a cadeira.

Ocorre que, caso respondam pela Presidência, mesmo que interinamente, ficariam impedidos de disputar a eleição em outubro. É o que determina a legislação eleitoral: quem ocupar cargo no Poder Executivo seis meses antes do pleito não poderá concorrer, a não ser que, efetivo, dispute a reeleição.

Planejando a viagem

A Secretaria de Relações Internacionais da Câmara está debruçada em uma agenda para Maia.

Desvio de rota

Pré-candidato à Presidência, Maia está irritado com o 'exílio'. Para quem articula campanhas ao Planalto e ao governo do Rio, dez dias valem ouro.

Nas mãos de Cármen

Caberá à presidente do STF, Cármen Lúcia, assumir a cadeira de Temer.

O vice de Paes

Candidato de Maia ao Palácio Guanabara, Eduardo Paes (DEM) mantém conversas com o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB). O alcaide da Baixada tenta emplacar seu irmão, o deputado estadual Rosenverg Reis (MDB), como vice de Paes.

A senadora de Indio

Pré-candidato ao governo, Indio da Costa (PSD) convidou ontem a deputada estadual Martha Rocha (PDT) para disputar vaga ao Senado em sua chapa os dois, que já foram correligionários no PSD, mantêm ótima relação. A ex-chefe da Polícia Civil agradeceu, mas deixou claro que Indio deveria tratar do assunto com o presidente do PDT.

Palanque para Ciro

Carlos Lupi, que comanda o PDT, tem dito que o partido terá o seu próprio candidato ao governo no Rio.

Cabral sereno

Ao depor ontem à Justiça Federal, no Centro, sobre o fato de ter sido algemado nos pés e nas mãos na transferência do Rio para Curitiba, em janeiro, Sérgio Cabral demonstrou serenidade. O tom de voz e a postura do ex-governador foram bem mais amenos do que os adotados em depoimentos anteriores.

A agenda de Bezerra

Investigado na Lava Jato, o chefe da Casa Civil da gestão Cabral, Regis Fichtner, conseguiu na Justiça autorização para analisar as anotações de Luiz Carlos Bezerra, apontado pelo Ministério Público Federal como operador financeiro do esquema. Fichtner, que aparece nos caderninhos, quer saber "o momento em que os mesmos foram confeccionados, o que, em tese, pode impactar a prova".

Vereadores prestigiados

Cesar Maia e Carlo Caiado assumiram, respectivamente, as presidências estadual e municipal do DEM.

Um Pinheiro no caminho

O vereador Paulo Pinheiro (Psol) luta para que as contas do ex-prefeito Eduardo Paes referentes a 2016 sejam julgadas pela Câmara. "Para ajudar Pezão e dar palanque a Pedro Paulo, ele municipalizou hospitais e assumiu responsabilidade que não era da prefeitura. Parte da crise na gestão Crivella vem disso", diz. Reprovadas as contas, o que é improvável, Paes não poderia disputar a eleição.

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