Correligionário de Paes, André Corrêa defende que vice na corrida ao Palácio Guanabara seja Carlos Lupi, presidente nacional do PDT - Divulgação
Correligionário de Paes, André Corrêa defende que vice na corrida ao Palácio Guanabara seja Carlos Lupi, presidente nacional do PDTDivulgação
Por Paulo Capelli

Rio - Até então cotado para ser o nome do DEM ao Senado, o deputado estadual André Corrêa acaba de abrir mão da disputa para que o partido possa ampliar as alianças em torno da candidatura de Eduardo Paes (DEM) ao governo do estado. Integrante do núcleo político do ex-prefeito, Corrêa defende que o vice de Paes seja Carlos Lupi, presidente nacional do PDT. Já para as duas vagas ao Senado, sustenta que a coligação tenha um candidato da Rede, de Marina Silva, e outro que seja indicado por MDB ou PP. Corrêa tentará a reeleição à Assembleia Legislativa.

O DIA: O senhor tem dito que será candidato ao Senado. Sua candidatura está mantida?

André Corrêa: Não. Abri mão do compromisso que os nossos líderes Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eduardo Paes (DEM) tinham comigo quando entrei no DEM, em 2016. Faço isso para que possamos ampliar as alianças em torno da candidatura do Eduardo ao governo.

E que alianças seriam?

Essas alianças são conduzidas pelo Rodrigo e pelo Eduardo, mas acho que temos que caminhar para a centro-esquerda. O Carlos Lupi, do PDT, seria o melhor vice para o Eduardo. Experiente e grande articulador político. Para o Senado, seria um luxo alguém da envergadura do Miro Teixeira (Rede). A outra vaga ao Senado ficaria com aliados tradicionais: PP ou MDB.

Quais os cotados?

Alguém que represente o interior ou a Baixada. O Vinicius Farah (MDB), ex-prefeito de Três Rios, e o Max Lemos (MDB), ex-prefeito de Queimados, por exemplo. Pelo PP, o Péricles de Paula, ex-prefeito de Itaperuna. Seria uma chapa para ganharmos no primeiro turno.

Mas Paes ainda nem disse que é candidato. Tem pendências com a Justiça Eleitoral e hoje está inelegível...

Para mim, ele diz que é candidato. Vejo que essa questão da inelegibilidade será esclarecida e superada com tranquilidade em Brasília pelo Tribunal Superior Eleitoral. Eduardo só não será candidato se ele próprio não quiser. Um palpite: se não for, apoiará o Romário (Pode).

Se o senhor está fazendo esse aceno para Romário, é porque tenta trazê-lo para o arco de alianças, caso Paes seja candidato?

Quem não gostaria do apoio do Romário? Mas tenho convicção hoje de que Romário é candidato a governador. E um forte candidato a governador.

O deputado estadual André Ceciliano (PT) defendeu uma união do PT com o DEM: o PT-RJ apoiaria Paes, e o DEM-RJ apoiaria o candidato petista à Presidência. Esse desenho é possível, apesar das diferentes cores partidárias? Outra questão no mesmo sentido: o senhor fala em alianças com PDT, Rede e MDB, partidos que terão candidato à Presidência. A candidatura de Rodrigo Maia ao Planalto será retirada, então?

A candidatura do Rodrigo pelo DEM é à vera. Não existe plano B. Mas isso não impede que se discutam arranjos regionais. Com relação à união entre DEM e PT no Rio: em política, só não vi boi voar.

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