Eduardo Bandeira de Mello é candidato da Rede à Prefeitura do Rio - Divulgação
Eduardo Bandeira de Mello é candidato da Rede à Prefeitura do RioDivulgação
Por Paulo Capelli

Rio - Presidente do time com maior torcida no Brasil, Eduardo Bandeira de Mello (Rede) cultiva a imagem do gestor que conseguiu pôr em ordem as finanças do Flamengo. Aos 65 anos, disse ao Informe que deverá disputar a eleição para a Câmara dos Deputados. O objetivo seria ajudar a legenda a eleger parlamentares em Brasília e fortalecer a campanha de Marina Silva (Rede) à Presidência.

Bandeira não acredita que o desempenho na Libertadores possa ajudá-lo ou atrapalhá-lo na eleição: "Não tem nada a ver, e nem quero misturar projeto pessoal com o Flamengo."

O DIA: Por que o senhor decidiu entrar para a política?

Por conta da virada do jogo que o Flamengo conseguiu, muitas pessoas começaram a me procurar sugerindo isso. Acho natural, porque o Flamengo é uma potência, e outros dirigentes do clube se lançaram na política. Eu sempre resisti, não estava no meu radar, mas quando surgiu a oportunidade de ajudar a Marina Silva (Rede), essa possibilidade ficou mais concreta para mim.

O senhor já a conhecia?

Já. Quando ela era ministra do Meio Ambiente (na gestão de Lula), eu era chefe do departamento de Meio Ambiente do BNDES. Eu a conheci nessa época. Estivemos juntos na conferência da ONU sobre as mudanças climáticas de 2007, em Bali. Foi lá que surgiu o Fundo Amazônia.

Esse foi o seu maior contato com o meio político até agora?

Não. No BNDES, fui chefe do departamento que administra o programa de apoio às prefeituras. Nessa ocasião, tive vários 'clientes' que eram os prefeitos. O (governador) Pezão (MDB), quando era prefeito de Piraí... o conheci nessa época, assim como vários outros. Já como presidente do Flamengo, passei dois anos e meio na Câmara dos Deputados e no Senado pra participar do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). Foi quando tive mais contato.

A qual cargo o senhor concorrerá?

Ao que a Marina mandar. Mas algumas pessoas me disseram que talvez à Câmara Federal eu possa ajudar mais o partido neste momento, por causa da cláusula de barreira. Estou aberto a qualquer possibilidade, inclusive não ser candidato a nada.

Qual o futuro que o senhor acha mais provável para a Rede na corrida ao governo estadual?

Acho que a costura nacional vai ter boa parcela nessa construção. Temos o Miro Teixeira (Rede) pré-candidato a governador. É um excelente candidato. E não se descarta aliança com outros partidos.

Há conversas que sugerem o apoio da Rede a Rubem César (PPS) ao Palácio Guanabara...

Um bom nome. É rubro-negro, inclusive.

A classificação do Flamengo na Libertadores pode impulsionar ou atrapalhar a sua candidatura? A final será em novembro; a eleição, em outubro.

Não tem nada a ver e nem eu gostaria de misturar projetos pessoais com a administração do Flamengo.

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