Candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin conversa com o colunista Paulo Cappelli, na sede do jornal O DIA
 - Alexandre Brum / Agencia O Dia
Candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin conversa com o colunista Paulo Cappelli, na sede do jornal O DIA Alexandre Brum / Agencia O Dia
Por PAULO CAPPELLI

Rio — Pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin revelou ao Informe que vai procurar o PSB de Joaquim Barbosa em busca de apoio — ontem, o ex-ministro do STF anunciou que não disputará o Planalto. Perguntado se tentará uma aliança, mesmo com o recente retorno do PSB à esquerda, Alckmin respondeu: "Vou. Se depender de mim, estaremos juntos. O meu vice, atual governador (de São Paulo, Márcio França), é do PSB. Sempre converso com ele. Agora, cada partido tem sua singularidade própria, cada estado tem uma lógica (um acordo) diferente", disse, ressaltando a importância de conversar com lideranças socialistas.

Em visita ao jornal O DIA, no Centro, o tucano continuou: "Tenho muita admiração pelo Joaquim Barbosa. Tem grande espírito público. Espero que, mesmo não sendo candidato, ele continue participando e dando a sua contribuição. A política não pode ser um clube de má fama que afaste as pessoas. A pior política é a omissão."

'Apoio se recebe'

Em entrevista ao programa 'Poder em foco', do SBT, Michel Temer (MDB) admitiu que pode não disputar a eleição para apoiar Alckmin. A Coluna questionou o ex-governador de São Paulo sobre o aceno do presidente, cujo governo tem percentual de aprovação abaixo de dois dígitos. O tucano respondeu: "Apoio se recebe, é superimportante. Agora, neste momento, nem conversei com o presidente Temer. Só por telefone. Vamos marcar um café", disse, sem precisar a data do encontro. Alckmin tem agenda hoje em Brasília.

Cautela

O tucano faz uma ressalva: "O MDB hoje tem candidato à Presidência: o doutor (Henrique) Meirelles (ex-ministro da Fazenda). Precisamos respeitar."

Cobertor curto

A prefeitura estuda cortes em áreas sensíveis como Saúde e Educação. Em 2017, as despesas nos segmentos contribuíram decisivamente para grande parte do déficit. "Este ano, se nada for feito, a situação ficará insustentável", afirma um governista. Os secretários Marco Antônio de Mattos e Cesar Benjamin, porém, recusam-se a fazer cortes. A reestruturação é desenhada por equipe próxima do prefeito Marcelo Crivella.

Providências

As medidas analisadas envolvem reduzir contratos emergenciais (que costumam sair bem mais caros que os licitados) e diminuir gastos com pessoal. No início do ano, a prefeitura previu déficit orçamentário de R$ 417 milhões em 2018.

Esperando, esperando...

Aprovados no concurso público para ingresso na Polícia Militar estão uma fera com o governador Pezão. É que a Secretaria de Segurança, comandada pelo general Richard Nunes, planeja convocar mil servidores, de acordo com a coluna 'Extra, Extra'. Ocorre que o número de concursados aguardando convocação é de... 4 mil. Há um ano e seis dias, Pezão prometeu no Twitter contratar a turma toda quando a Lei de Recuperação Fiscal fosse aprovada. Os insatisfeitos planejam manifestação hoje em frente ao Palácio Laranjeiras.

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