Chefe da Casa Civil de Crivella, Paulo Messina (foto) entrou em rota de colisão com Marcelo Alves, presidente da RioTur  - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Chefe da Casa Civil de Crivella, Paulo Messina (foto) entrou em rota de colisão com Marcelo Alves, presidente da RioTur Marcio Mercante / Agencia O Dia
Por PAULO CAPPELLI

O tempo fechou na prefeitura. Há uma Guerra Fria, cada vez mais quente, entre o chefe da Casa Civil de Marcelo Crivella (PRB), Paulo Messina (PRB), e o presidente da RioTur, Marcelo Alves, que responde também pelo expediente da Rio Eventos. A tensão começou quando a administração da Feira de São Cristóvão passou para as mãos da RioTur, no dia 26 de janeiro. Antes a cargo da associação de feirantes, a despesa anual com manutenção girava em torno de R$ 12,4 milhões, e o faturamento chegava a R$ 12,8 milhões: um saldo positivo de R$ 400 mil. Ao assumir o comando da feira, a RioTur solicitou à prefeitura R$ 18 milhões anuais para administrar o pavilhão. O dinheiro viria da 'Fonte 100', que é de livre uso do prefeito.

Ocorre que Messina não autorizou o gasto e, a aliados, reclamou "da falta de austeridade" da RioTur. No último dia 24, publicação no Diário Oficial transferiu a administração da Feira de São Cristóvão da RioTur para a Secretaria de Cultura. Alves, obviamente, não gostou.

Falando em Guerra Fria...

Para piorar a situação, Alves solicitou à Casa Civil 150 mil dólares para passagens áreas, hospedagem e alimentação para ir à Rússia, sede da Copa do Mundo, durante a competição, entre junho e julho. A justificativa era divulgar o Rio e captar turistas. Messina, mais uma vez, negou os recursos. Disse que, caso o presidente da RioTur quisesse viajar, teria que arcar do próprio bolso.

Queda de braço

Eis uma dor de cabeça para Crivella. A família Alves é antiga aliada. Em 2014, Rafael Alves, irmão do presidente da RioTur, doou R$ 200 mil para a campanha de Crivella ao governo. Já Messina tem sido responsável por reestruturar a prefeitura.

Tucano abatido

Ex-secretário de Transportes do governador Pezão (MDB) e do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), o deputado estadual Carlos Osorio (PSDB) tem dito a aliados que não concorrerá a nenhum cargo em outubro. Correligionários tentam demovê-lo da ideia.

Reunião na Câmara do Rio

Secretário de Segurança, o general Richard Nunes criticou ontem o vazamento, pela Polícia Federal, do depoimento que acusa o vereador Marcelo Siciliano (PHS) de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco. "Só prejudica as investigações e põe em risco a vida de algumas pessoas".

Articulado

A estreia do novo secretário de Fazenda, Cesar Barbiero, na Câmara causou boa impressão em vereadores. Ao contrário da antecessora, Maria Eduarda Gouvêa, não ficou à sombra de Messina.

Paes e o PT

Não é só o presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano (PT), que defende o apoio do PT a Eduardo Paes (DEM) ao governo. Outro petista também trabalha para isso: Adilson Pires, vice na gestão do ex-prefeito.

CPI dos Ônibus

Diretor da viação '1001', Heinz Wolfgang Júnior conseguiu, na Justiça, o direito de permanecer em silêncio durante audiência da CPI da Alerj que ocorrerá amanhã em Campos. "Estranho. Ainda não perguntamos nada a ele. Será que debaixo desse angu não tem caroço?", indaga o deputado Eliomar Coelho (Psol), integrante da CPI dos Ônibus.

Rede de Saúde municipal

De autoria da vereadora Tânia Bastos (PRB), lei que prevê treinamento nos hospitais da prefeitura para diagnóstico de autismo entrará em vigor amanhã.

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