Marcelo Crivella Filho - Divulgação
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Por PAULO CAPPELLI

O entrevistado de hoje é Crivella Filho. Aos 33 anos, o filho do prefeito Marcelo Crivella (PRB) planeja concorrer à Câmara dos Deputados e é visto pelo PRB como o potencial puxador de votos do partido. Sem se esquivar das perguntas, diz que, para o governo do estado, não votaria em Romário (Pode), de quem seu pai se reaproximou recentemente.

O DIA: O senhor tentará se eleger deputado federal. Por que decidiu entrar na política?

Crivella Filho: Quero contribuir para uma nova safra de jovens empreendedores, ser uma voz que represente isso no Congresso. Em momentos de crise, uma cultura empreendedora é necessária para que oportunidades sejam geradas. Estimular um grupo de pessoas que querem criar e fazer, em vez de só esperar a economia melhorar.

Marcelo Hodge Crivella, o senhor decidiu adotar o nome de Crivella Filho. Não teme que isso possa limitar suas alianças no futuro? O PSDB, por exemplo, vetou Clarissa Garotinho (Pros) no partido por causa do sobrenome do pai, Anthony Garotinho (PRP).

Acho que não. Estou facilitando a compreensão. O maior patrimônio que tenho é o sobrenome. O Marcelo Crivella teve mais de três milhões de votos para o Senado, foi eleito prefeito... Isso só me ajuda.

Como o senhor lida com críticas de que, em um ano e cinco meses, seu pai fez pouco na prefeitura?

Primeiro: você só vai conseguir determinar se a prefeitura foi exitosa no final do governo. A prefeitura vinha num ritmo muito acelerado, que era insustentável. À medida que inaugurava obras e realizava coisas, deixava a máquina seguindo o mesmo rumo do estado. O PMDB decretou a falência do estado. No primeiro ano do governo Crivella, só havia fluxo de caixa para pagar a folha de funcionários até outubro. As dívidas que ficaram da antiga gestão... Meu pai diz que não é muito de Carnaval, mas que nunca sambou e rebolou tanto para acertar as contas da prefeitura.

Como avalia a gestão do seu pai?

É uma gestão muito pé no chão, mas que já tem realizações importantes como o mutirão da Saúde, que promove cirurgias, o remanejamento de verba para creches e o aplicativo 'Taxi.Rio', que é um exemplo para o mundo. Sem falar no corte de gastos. Em 2017, faltou estratégia de comunicação para a prefeitura prestar contas do que fazia. Agora, a comunicação está mais fiel às atividades do prefeito.

Em quem você votaria para o governo do Rio?

Votaria no Indio da Costa (PSD). Vejo que ele estuda e se prepara há mais de um ano para encarar o desafio.

Em quem você não votaria para o governo?

Não votaria no Eduardo Paes (DEM) nem no Romário (Pode). O Eduardo representa um tipo de política que nos trouxe para uma situação difícil. Ele saiu do PMDB, mas sua escola de gestão e de política é do PMDB. E não votaria no Romário porque, em situação delicada, o estado precisa de alguém com perfil de gestor e que seja firme na questão da Segurança. Não vejo nele esse perfil.

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