Por Cassio Bruno (interino)

Rio - Até divulgar nota oficial no fim do dia de ontem para apaziguar os ânimos dos secretários Cesar Benjamin (Educação) e Paulo Messina (Casa Civil), o prefeito Marcelo Crivella (PRB) sofreu. Na sexta-feira passada, quando Benjamin criticou Messina no Facebook, Crivella presenciou um bate-boca dos subordinados no Palácio da Cidade. A confusão foi testemunhada por Sebastião Bruno, responsável por tocar as reformas das escolas (motivo da briga). Bruno foi convocado pelo prefeito para explicar tecnicamente a Benjamin as etapas das obras.

Ultimato

Após o fim de semana turbulento, Messina não apareceu na prefeitura segunda-feira. Deu ultimato a Benjamin para a retratação e ameaçou responder aos ataques ao vivo no Facebook. Crivella entrou novamente em cena, no dia seguinte, numa conversa reservada com Messina, que pôs o cargo à disposição.

Pedido negado

Na mesma terça-feira, Crivella sugeriu a Benjamin que assinasse uma nota de desculpas para encerrar o assunto e acabar com a crise. Nada feito. O secretário municipal de Educação, que pedira demissão e voltara atrás, não concordou com o chefe.

O preferido

Ontem pela manhã, Crivella decidiu conversar novamente com Benjamin e Messina. Separadamente. Foi quando o prefeito conseguiu a bandeira branca entre ambos publicamente. Nos bastidores, o maior temor de Crivella é perder o chefe da Casa Civil. Sentimento diferente em relação ao trabalho de Benjamin.

Até quando?

No Facebook, Messina disse que a Secretaria de Educação está "ingovernável". Dias antes, Benjamin chamou o colega de "napoleão de hospício", após o Informe revelar divergência dos dois na assinatura de contratos sem licitação. "(Os secretários) concordam com a posição do prefeito, consideram o episódio superado e confirmam sua disposição de trabalhar juntos" disse Crivella.

Insubordinação

Em conversa reservada, o presidente da Câmara, Jorge Felippe (MDB), opinou sobre a confusão entre Benjamin e Messina: "O principal é saber se o prefeito vai mantê-lo (Benjamin). Será uma grave demonstração de fraqueza e estímulo à insubordinação na orientação política". Felippe é o primeiro na ordem de sucessão municipal após a morte do vice-prefeito Fernando Mac Dowell.

Fichtner na mira

A CPI dos Transportes da Alerj quer ouvir o ex-chefe da Casa Civil Régis Fichtner, em 13 de junho. Na comissão, Júlio Lopes (ex-secretário) se esquivou de irregularidades ocorridas no setor. Segundo ele, as decisões da pasta precisavam do aval de Fichtner e de Cabral, que está preso. A comissão também fará diligências nos próximos dias na oficina dos bondes, em Santa Teresa; nas lojas da Fetranspor, e no Centro de Controle do Detro.

Perigo

O prédio do Conselho Tutelar de Guaratiba, na Fazenda Modelo, tem rachaduras e o chão está cedendo. "Corre o risco de desabar", disse o vereador Célio Lupparelli (DEM), que enviará ofício à prefeitura.

Poesia

A escritora Giulia Ramos lança o segundo livro de poemas, "Miolo" (editora Kazuá), amanhã, às 19h, na Argumento do Leblon.

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