RIO - O clima político em Mesquita, na Baixada Fluminense, está tenso. Em 2017, vereadores cassaram o prefeito Jorge Miranda (PSDB) porque ele usou R$ 14 milhões da Previdência para pagar salários atrasados dos servidores sem consultar a Câmara. Miranda recorreu e permaneceu no cargo por liminar após ser afastado duas vezes.
No fim de abril, no entanto, a Justiça declarou nula a cassação. No mesmo mês, em meio à crise, pelo menos 10 tiros foram disparados contra o prédio da Câmara. Ninguém se feriu. Agora, os mesmos vereadores acusam Jorge Miranda de superfaturar três contratos de aluguéis de veículos, num total de R$ 861 mil por ano.
Investigação
Na próxima semana, os vereadores vão oficializar um pedido de investigação contra o prefeito Jorge Miranda no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e no Ministério Público. "O gasto é de quase R$ 1 milhão. Daria pra comprar quantos carros?", questionou o presidente da Câmara, Marcelo Biriba (PRB).
Locação
A locação inclui seis carros, com motor 1.6, ar-condicionado, quatro portas, direção hidráulica e motorista por R$ 35,3 mil; uma caminhonete, também com condutor, por R$ 23,8 mil; e um ônibus a R$ 12,5 mil, sem direito ao profissional. Os valores são mensais e sem combustível.
Outro lado
A prefeitura nega irregularidades. "Antes da licitação (para o aluguel dos seis carros e do ônibus), fizemos ainda cotações de preços de mercado para indicar a média dos valores. Está tudo no portal da transparência. Demos ampla publicidade", disse Nicola Palmieri, controlador-geral. O município desistiu de locar a caminhonete.
Cunha fiel
Michel Temer participou de encontro da Assembleia de Deus, ao lado do bispo Manoel Ferreira. O apoio do religioso é disputado por políticos. Eduardo Cunha, antes de ser preso, era assíduo no templo de Madureira.
Marcha para Jesus
Jair Bolsonaro (PSL) esteve na Marcha para Jesus. O evento é da Igreja Renascer em Cristo, de Sônia e Estevam Hernandes. O casal foi condenado por tentar entrar com dinheiro não declarado nos Estados Unidos escondido em uma bolsa, na capa de uma Bíblia, em um porta-CD.
Dízimo milionário
Após escândalos, o ex-jogador Kaká deixou a igreja, em 2010. O dízimo pago por ele no ano anterior foi de R$ 2,4 milhões.
Homicídios
Max Lemos, ex-prefeito de Queimados, é quem comanda o MDB do Rio para o chefe, Jorge Picciani, preso na Lava Jato. Em entrevista ao Jogo do Poder (CNT), que vai ao ar amanhã, às 23h15, Max defendeu o cumprimento de metas para aumentar a solução de homicídios.
Sem ambiente
Em uma semana de greve dos caminhoneiros, a Petrobras perdeu R$ 126 bilhões em valor de mercado. Temer cedeu à categoria na redução preços. Em carta a funcionários da estatal, Pedro Parente falou em "retrocesso". Ontem, pediu o chapéu.
Abandono
Os relógios da Central de Brasil estão quebrados há meses. Aliás, aquela região, incluindo o terminal rodoviário, está abandonada: muito lixo nas ruas e camelôs para todos os lados.
