Romário entre o seu vice, Marcelo Delaroli, e Altineu Côrtes, presidente do PR-RJ - Divulgação
Romário entre o seu vice, Marcelo Delaroli, e Altineu Côrtes, presidente do PR-RJDivulgação
Por PAULO CAPPELLI

Rio - Mesmo antes do período eleitoral, os dois candidatos mais bem avaliados nas pesquisas ao governo do Rio já dão o tom de como será a campanha. Vice na chapa de Romário (Pode), Marcelo Delaroli (PR) fez, na sede de seu partido, um duro discurso contra Eduardo Paes (DEM): "O Romário me mostrou a alegria de poder tirar essa turma que quebrou o estado do Rio durante décadas. (...) Eles falaram que vão nos esmagar porque têm quase 14 partidos políticos (na aliança). É Davi contra Golias (...) Vou deixar essa turma ruim pra lá", disse Delaroli, que chegou a ser apontado como vice de Paes, antes de o PR se afastar do DEM.

Logo após o rompimento, antecipado pela Coluna na sexta, Paes postou foto com o prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT): "(Ele) me disse que com que companhias eu NÃO devia andar por lá", escreveu em provocação a Delaroli, que tem reduto eleitoral em Maricá.

Aliado de Delaroli e Romário, o deputado federal Alexandre Valle (PR) discursou anteontem na convenção do PR-RJ: "Quem não sabe escolher boas companhias é o Eduardo Paes. Sérgio Cabral foi seu padrinho na prefeitura; e Sérgio Côrtes, o grande doador de sua primeira campanha para prefeito".

Alvo

Paes e Romário têm, ainda, uma relação cordial. Resta saber se ela sobreviverá à eleição. Há quem diga que o ex-jogador não precisará ser tão agressivo com o adversário. Afinal, Anthony Garotinho (PRP), Indio da Costa (PSD) e Tarcísio Motta (Psol) já escolheram o ex-prefeito como alvo preferencial.

Pintou o slogan

Em vídeo publicado ontem em seu Instagram, Paes esboçou aquele que deverá ser o seu bordão de campanha. Em conversa com um eleitor de Iguaba Grande, disse: "Fiz pelo Rio e vou fazer pelo estado".

Ponto de encontro

Paes montou seu 'Q.G.', com estrategistas e assessores, na Barra da Tijuca.

Time novo

Garotinho (PRP) perdeu o apoio do PPL. Aos 45 do segundo tempo, a legenda decidiu que caminhará com Romário (Pode). O rompimento foi motivado por uma divergência entre PRP e PPL na coligação para deputados federais. O ex-ministro do Trabalho Brizola Neto, candidato a deputado estadual, é hoje o principal nome do PPL.

Bombeiro Dornelles

O vice-governador Francisco Dornelles passou os dois últimos dias acalmando os ânimos no PP, partido que preside no estado. O protesto dos correligionários foi grande por Paes ter escolhido um vice de outra legenda no caso, do PPS de Comte Bittencourt.

Aliado, mas nem tanto

Ao preterir o PP, Paes tenta dissociar sua imagem da do governo estadual. Como deputado, Comte votou várias vezes contra Pezão.

Incisivo

Em propaganda que vai ao ar na TV, Tarcísio Motta (Psol) cita Paes: "Precisamos acabar com a máfia da velha política", diz em uma das gravações. O candidato psolista atacou integrantes e ex-integrantes do MDB e abordou temas como Educação e Saúde.

O "não" e o "sim"

Ontem, o PDT-RJ disse "não" à coligação proposta pelo PCdoB-RJ para eleger deputados federais. Mas os comunistas tiveram sucesso ao propor o mesmo acordo com o PT. Os petistas, a princípio, também recusaram. Mas acabaram cedendo por conta do apoio do PCdoB a Lindberg Farias (PT) ao Senado.

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