Estrategista de Eduardo Paes foi alvo de violência no Rio - Tânia Rêgo/ Agência Brasil
Estrategista de Eduardo Paes foi alvo de violência no RioTânia Rêgo/ Agência Brasil
Por PAULO CAPPELLI

Um pacto de não agressão é costurado por postulantes ao governo do Rio. A ideia é centrar os ataques em Eduardo Paes (DEM) para deixá-lo fora do segundo turno e, com isso, repetir 2016. Na ocasião, Pedro Paulo Carvalho (DEM), candidato apoiado pela máquina da prefeitura, foi superado por Marcelo Crivella (PRB) e por Marcelo Freixo (Psol).

Com o apoio do governador Pezão (MDB) e, por consequência, da máquina estadual, Paes contará ainda com 12 partidos em sua aliança e será dono do maior tempo de propaganda na televisão — cerca de 40% do total. Esses fatores fazem com o que o ex-prefeito do Rio seja o alvo preferencial dos demais candidatos, mesmo atrás de Romário (Pode) nas pesquisas ao Palácio Guanabara.

Climão?

Em reunião na casa de Rodrigo Maia (DEM-RJ), Paes ouviu reclamação de Cristiane Brasil (PTB-RJ) sobre a coligação que montou para eleger deputados federais. Replicou, então, com um comentário que soou como indireta. O ex-prefeito lembrou à parlamentar que, mesmo quando o pai dela, Roberto Jefferson (PTB-RJ), estava preso, não deixou de ajudá-la — manteve Cristiane como sua subsecretária de Envelhecimento Saudável.

Segue

Procurada, Cristiane disse que a fala de Paes não foi em tom de cobrança: "Ele quis justamente dizer que não me deixará na mão."

Magro, magro

Indio da Costa (PSD) aparecerá nos debates na TV com um shape diferente do de dois anos atrás, quando disputou a prefeitura. O candidato ao governo emagreceu 12 quilos com natação e corridas.

O mundo gira

Mais uma das voltas que a política dá. Na campanha, Paes pedirá votos para uma subsecretária de... Crivella, seu notório adversário. Aspásia Camargo (PSDB), apoiada pelo ex-prefeito para o Senado, era até outro dia subsecretária de Planejamento e Gestão Goveramental de Crivella. Ela deixou o cargo para poder disputar a eleição.

Quizumba no terreiro

Aliás: a imposição do PSDB pelo nome de Aspásia fez o babalaô Ivanir dos Santos (PPS), antes cotado para a vaga ao Senado na coligação, ficar uma fera por ter sido preterido. Outro representante de religião de matriz africana, o ogan Marcelo Monteiro (PPL) também reclama. Diz que saiu do pleito porque Miro Teixeira (Rede) quis ser o único candidato ao Senado da coligação que envolve PPL, Rede, PR e o Podemos de Romário.

Falando nele

Candidato ao governo, Romário tem uma estratégia para rebater críticas de que não gosta de acordar cedo. Durante a campanha, fará agendas que começam às 5h30 (da manhã mesmo!) em pontos como a Central do Brasil.

Provocação adiada

Romário pensou em ir a Maricá no primeiro dia da campanha (16), mas mudou de ideia. Ele já esteve na cidade há uma semana, quando anunciou o seu vice, Marcelo Delaroli (PR).

Bem antes da Lava Jato

Em agosto de 2014, reportagem do DIA revelou que o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado dobrou a vida útil dos ônibus intermunicipais. Com base no texto, o Tribunal de Contas do Estado decidiu investigar e, ontem, multou em R$ 65,8 mil Alcino Carvalho, ex-presidente do Detro.

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