Em nota, divulgada pela assessoria, Garotinho diz que 'mais uma decisão da Justiça do Rio contra mim está sendo revista pelo TSE' - Reprodução
Em nota, divulgada pela assessoria, Garotinho diz que 'mais uma decisão da Justiça do Rio contra mim está sendo revista pelo TSE'Reprodução
Por PAULO CAPPELLI

Rio - No meio do debate desta quinta-feira, na TV Band, o candidato ao governo Anthony Garotinho (PRP) sacará do bolso um guardanapo e o oferecerá a Eduardo Paes (DEM). Ironicamente, dirá que o adereço é para ajudar o adversário a refrescar a memória. "Quero que ele conte aos telespectadores sobre a bebida e a comida que foram servidas durante o famoso rega-bofe da farra dos guardanapos", diz, referindo-se ao evento que, em 2009, reuniu ainda o então governador Sérgio Cabral, empresários e secretários da administração estadual, em Paris.

Com isso, Garotinho tentará matar dois coelhos com uma cajadada só: constranger o rival e reivindicar para si os louros de ter feito as denúncias que embasaram a prisão e a condenação de Sérgio Cabral.

Isolamento

Como a Coluna já antecipou, há um acordo não explícito entre os principais candidatos para centrar fogo em Paes. O objetivo é deixar o ex-prefeito do Rio fora do segundo turno na corrida ao governo. A situação repetiria 2016, quando o postulante apoiado pela máquina (no caso a prefeitura), Pedro Paulo Carvalho (DEM), ficou pelo meio do caminho.

Contra-ataque

Depois de Marcelo Freixo (Psol) incluir Jorge Picciani (MDB) na lista de suspeitos do assassinato de Marielle Franco, o emedebista pensa em revelar informações que, avalia, prejudicarão o deputado do Psol. Entre elas, detalhes sobre o caso Janira Rocha. Acusado pela Lava Jato de corrupção, Picciani está em prisão domiciliar.

Questão de opinião

Um deputado que não integra a base de Pezão e tem boa relação com Freixo diz que o psolista "forçou a barra" ao relacionar o emedebista à morte de Marielle: "Mesmo quando tinha todo o poder, o Picciani permitiu que importantes comissões da Alerj fossem presididas pela oposição: Luiz Paulo (PSDB) na de Tributação, Comte Bittencourt (PPS) na de Educação, e o próprio Freixo na de Direitos Humanos. O Picciani sabia lidar com críticas", opina.

Aliança mantida

Antes ameaçado de não disputar a eleição por pendência com a Justiça Eleitoral, o PCB-RJ conseguiu parecer favorável e poderá participar do pleito. Integrará a coligação de Tarcísio Motta (Psol) na corrida ao Palácio Guanabara, indicando Marta Barçante para a vaga ao Senado.

Te cuida, Romário

Paes esteve ontem com a Comissão de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda. O evento foi prestigiado por Samuca, único prefeito do estado filiado ao Podemos, partido de Romário. Apesar de o ex-jogador ser adversário de Paes na disputa ao governo, Samuca disparou: "Tomara que você (Paes) represente esperança para o Rio". Depois, alegou que estava no local "institucionalmente". Paes emendou: "Todos 'podemos' jogar bem."

Divergência na base

O apoio do vice de Romário, Marcelo Delaroli (PR), a Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência incomoda o brizolista Vivaldo Barbosa (Podemos): "É um teto de vidro na nossa campanha."

Mudança e economia

O Ministério Público Federal vai se mudar de dois prédios que ocupa no Centro — nas ruas Uruguaiana e México. Todos os gabinetes da Procuradoria Regional da 2ª Região ficarão em um edifício na Av. Almirante Barroso, também no Centro, a partir de janeiro.

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