Rio - Na luta pelo espólio de votos do pai Eduardo Cunha (MDB), ex-presidente da Câmara preso na Lava Jato, Daniele Cunha, candidata a deputada federal pelo MDB, acaba de receber o apoio de um velho amigo da família. O pastor Marco Feliciano (Podemos), que tenta o mesmo cargo por São Paulo, pede votos para a moça.
Feliciano é da Igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento. Aos eleitores do Rio, ele elogia Daniele e diz na mensagem: "Não basta mandar evangélicos para Brasília. É preciso que esses evangélicos tenham coragem de carregar as nossas bandeiras, que são extremamente pesadas. Como, por exemplo, barrar o aborto e a legalização das drogas".
Outro cabo eleitoral
Vale lembrar que, a pedido de Eduardo Cunha, outro líder evangélico já havia gravado um vídeo para fiéis/eleitores: o bispo Manoel Ferreira, comandante vitalício da Assembleia de Deus de Madureira.
Aliás...
Júlio Camargo, delator da Lava Jato, disse ter repassado R$ 125 mil desviados da Petrobrás para uma filial da Assembleia de Deus de Madureira. Segundo ele, o acordo teria sido feito com Cunha.
Café com Malafaia
Silas Malafaia, chefão da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, tomou café da manhã ontem com seus dois candidatos ao Senado: Flávio Bolsonaro (PSL) e Arolde de Oliveira (PSD).
Petistas são alvo
Malafaia tem dito que a esquerda "incita o ódio". Ataca a deputada evangélica Benedita da Silva, que, segundo ele, "deturpa a Bíblia". Divulgou ainda vídeo em que o senador Lindbergh Farias afirma ser preciso "desobediência social" para derrotar o golpe.
É traição que chama?
Marcelo Crivella apostava na ex-vereadora Leila do Flamengo e no filho dela, Marcelo Maywald, subprefeito da Zona Sul, para pedir votos para Crivella Filho (PRB), candidato a deputado federal. A dupla panfleta nas ruas para Rodrigo Maia (DEM).
O anfitrião
Eduardo Paes (DEM) era esperado ontem num almoço na casa do empresário Olavo Monteiro de Carvalho. Como estava atrasado, coube ao deputado estadual Carlos Osório (PSDB), que desistiu da reeleição após ter sido citado por delatores da Lava jato, comandar o evento até o candidato chegar.
Só após as eleições
A Comissão de Segurança Pública da Câmara retomará o debate sobre o armamento da Guarda Municipal só após as eleições. Motivo: os integrantes são candidatos. Jones Moura (PSD) e Leandro Lyra (Novo) tentam para deputado federal. E Carlo Caiado (DEM) para estadual. O trio alega não haver ambiente para votar um tema tão polêmico.
Suave na nave
O chefe da Casa Civil de Crivella, Paulo Messina, anda carente. Em época de campanha, vereadores não o têm procurado. São candidatos ou estão nas ruas para pedir votos a aliados.
Que golpe?
Candidatos do PT e do MDB são aliados, novamente, no país inteiro. No Rio, são vários os exemplos da dobradinha envolvendo os partidos de Dilma Rousseff e Michel Temer. A dupla André Ceciliano (PT), candidato à reeleição de deputado estadual, e André Lazaroni (MDB), que tenta vaga para federal, é uma delas.