O Informe revelou ontem a pressão de deputados do PSL para que Flávio Bolsonaro, presidente do partido no Rio, declarasse o voto em Wilson Witzel (PSC) ao governo fluminense. Não chegou a tanto, mas o filho de Jair Bolsonaro autorizou que o ex-juiz utilize a imagem de ambos, juntos, em ato de campanha no primeiro turno. A veiculação estava proibida desde o último dia 13, por conta de liminar impetrada pelo adversário Eduardo Paes (DEM).
A liberação das imagens por parte de Flávio foi comemorada como um gol por aliados de Witzel: "Essa é a comprovação de que o clã Bolsonaro apoia o Wilson. Eles não podem declarar isso abertamente para o Jair não perder o voto do eleitorado do Paes, mas é nítido que torcem por nós", afirma Cláudio Castro (PSC), vice na chapa do ex-juiz.
Balde gelado
Já para a campanha de Eduardo Paes foi como se tivesse levado um gol nos acréscimos o trabalho para neutralizar a associação das imagens de Witzel e Bolsonaro no segundo turno vinha dando certo até aqui.
Bola nas costas
Um aliado de Paes lamenta, com humor, o movimento de Flávio Bolsonaro aos 45 do segundo tempo: "O pior é que tanto o Eduardo quanto o Flávio são vascaínos. Essa bola nas costas foi desnecessária."
'War'
Para tentar reverter a vantagem de Witzel nas pesquisas, a campanha de Paes não tem monitorado apenas as cidades em que o ex-juiz tem levado vantagem, mas também os bairros desses municípios. "É como naquele jogo de tabuleiro, o 'War'. É ganhar território após território", diz o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (DEM), coordenador da campanha de Paes.
A folha e a ficha
Afiado, Pedro Paulo avalia a redução da vantagem de Wilson Witzel (PSC) sobre o ex-prefeito do Rio nas últimas semanas, segundo as pesquisas: "Antes do segundo turno, quando ninguém conhecia o Witzel, ele era uma folha em branco. Agora, é uma ficha corrida".
Questão de prioridade
O Tribunal de Contas do Município votou ontem pela interrupção da licitação que a prefeitura planeja fazer para contratar três empresas de publicidade por R$ 56 milhões. "Se impõe ao tribunal o dever de averiguar as aspirações da sociedade na realização das despesas públicas. Os hospitais estão sem condições de atender a população, com pessoas morrendo na porta. A crise é notória, tendo sido reportada pelo excelentíssimo secretário da Casa Civil (Paulo Messina)", disse o conselheiro José de Moraes.
Torcida íntima
Pedro Paulo afirma que, após o crescimento de Paes nas pesquisas esta semana, alguns políticos do PSL de Bolsonaro demonstraram apoio, mesmo que velado, ao ex-prefeito do Rio.
Nova especializada
Agentes da Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, que será inaugurada em novembro, no Centro, tiveram ontem sua primeira capacitação. Nos próximos dias, receberão orientações da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática.
Museu do Amanhã, hoje
A transformista Lorna Washington e o estilista Almir França, presidente do Grupo Arco-Íris, debatem a 'Arte e a cultura no posicionamento político'.