Maquete de Angra 3 - Divulgação / Eletronuclear
Maquete de Angra 3Divulgação / Eletronuclear
Por CÁSSIO BRUNO

O governo Bolsonaro mantém executivos de gestões anteriores em cargos estratégicos. Um exemplo é Roberto Travassos, atualmente assessor da diretoria técnica responsável pelo projeto de Angra 3, cujas obras foram paralisadas por denúncias de corrupção. O aval para que Travassos fosse promovido foi de Leonam dos Santos Guimarães, atual presidente e diretor-técnico da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras e sob o comando do Ministério de Minas e Energia.

Em 2017, após investigação desde 2015, Roberto Travassos foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por ser responsável em liberar irregularmente R$ 4,5 milhões para pagar uma obra superfaturada na Usina Nuclear de Angra.

Ex-gerente

À época, Roberto Travassos era gerente de Planejamento e Orçamento na gestão do ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que chegou a ser preso e condenado pela Operação Lava Jato por desvio de dinheiro.

Aliás...

O TCU também responsabilizou Othon pelo sobrepreço. Segundo o tribunal, porque o ex-presidente da estatal assinou o contrato com a empresa que executou a obra.

Prisão domiciliar

Vice-almirante, Othon havia sido condenado a 43 anos, cinco meses e 50 dias de prisão pelo juiz Marcelo Bretas. Em tratamento de câncer de pele, teve o pedido de prisão preventiva revogado. Cumpre a pena em casa.

Nomeação

Leonam trabalhou durante oito anos como assessor de Othon. Mesmo assim, foi mantido presidente da Eletronuclear pelo ministro de Minas de Energia de Jair Bolsonaro, o almirante Bento Costa Lima Leite.

Nunca termina

As obras de Angra 3 começaram na década de 1980. Parou. Em 2009, foram retomadas pelo governo Lula. Parou de novo, em 2015, após suspeitas de irregularidades.

Jogaram a toalha

A bancada do PSL na Alerj indicará um nome para concorrer à Presidência apenas para cumprir tabela. Os deputados já dão como certa a manutenção de André Ceciliano (PT) no cargo.

Xeque-mate

A última esperança do PSL e de Flávio Bolsonaro era indicar o deputado Bruno Dauaire como oposição. Mas o parlamentar não embarcará em projetos contra Ceciliano.

Em tempo

Bruno Dauaire deixará o PRP e irá para o PSC do governador Wilson Witzel, que apoia informalmente André Ceciliano.

Saiu aqui

Em 28 de dezembro, a Coluna revelou que o clima já não era dos melhores na transição de Segurança do governo Witzel. Havia insatisfação com Roberto Motta, que caiu ontem.

Bateu de frente

Roberto desagradou as cúpulas das polícias Militar e Civil. Ele queria manter a extinta Secretaria de Segurança Pública.

Olha a água!

A Cedae foi condenada a pagar R$ 500 mil ao Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). Motivo: fornecimento de água à população fora dos padrões aceitáveis.

 

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