Fabrício Queiroz, que está preso, trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj e teria comandado o esquema de 'rachadinhas' - Arquivo Pessoal
Fabrício Queiroz, que está preso, trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj e teria comandado o esquema de 'rachadinhas'Arquivo Pessoal
Por CÁSSIO BRUNO

Abalado pelo caso envolvendo seu ex-assessor de gabinete Fabrício Queiroz, Flávio Bolsonaro (PSL) jogou a toalha na articulação para tentar eleger o novo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Se antes ele tinha no currículo mais de quatro milhões de votos ao Senado e a grife de ser filho do presidente da República, Flávio viu o reinado político ruir. Pelo menos por enquanto.

De estrela eleitoral, Flávio tornou-se vidraça ao não explicar publicamente, e de forma convincente, a movimentação bancária suspeita de Queiroz de R$ 1,2 milhão. Alega não ter cometido crime, mas recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as investigações contra o amigo.

Tem medo do quê?

Na verdade, a Presidência da Alerj deixou de ser prioridade para Flávio Bolsonaro desde o momento que explodiu a informação do Coaf sobre as transações atípicas feitas por Queiroz.

A saída

Mesmo com a crise, Flávio se aproximou do deputado eleito Chicão Bulhões (Partido Novo), que já anunciou a sua intenção de disputar o comando da Alerj em uma chapa alternativa.

Mas...

Flávio Bolsonaro pediu paciência a Chicão para resolver o problema do Coaf. Disse não ser o momento oportuno.

Na China

A comitiva do PSL que foi à China contou com três deputados federais eleitos pelo Rio, todos da bancada da bala: Sargento Gurgel, Daniel Silveira e Felício Laterça.

Aliás...

Carlos Jordy, outro deputado federal eleito pelo PSL, recusou o convite: "Não confio em país comunista".

Entenda a polêmica

Doze deputados viajaram para conhecer o sistema de reconhecimento facial chinês. Mas o escritor Olavo de Carvalho, que indicou ministros ao governo Bolsonaro, os chamou de palhaços.

Merenda

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), veja só, fez o sexto termo aditivo com a Comercial Milano Brasil Ltda. O que significa? Dará mais R$ 4,1 milhões à empresa investigada pela Operação Lava Jato para fornecer merenda às escolas por seis meses.

Segue...

O primeiro contrato com a Milano foi fechado, em 2016, ainda na gestão de Eduardo Paes (DEM). Valor: R$ 19,4 milhões para alimentar os alunos por 36 meses, ou seja, até o último dia 7. Média de R$ 540 mil por mês.

Reajuste

No contrato da Milano com Crivella, o aditivo vai gerar custo mensal de R$ 692,3 mil mensais, aumento de 28%. "Farei requerimento para pedir informações", disse a vereadora Teresa Bergher (PSDB).

Crise? Que crise?

Crivella também prorrogou por 12 meses o contrato com a Voetur Turismo. São mais R$ 244 mil para a turma da prefeitura viajar. É o sétimo aditivo com a empresa, que já chega a R$ 1,9 milhão.

Pressão

O secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Felipe Bornier (Pros), tem provocado medo nos subordinados. Derrotado para deputado federal, ele ameaça exonerar o funcionário que sair da linha.

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