Há um desconforto na Procuradoria do estado por conta de uma indicação para direção jurídica da Cedae. Ocupa o posto Gabriell Neves, ex-secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social de Luiz Fernando Pezão, ex-governador preso na Lava-Jato. Os insatisfeitos argumentam ter sido o fim de uma tradição de pelo menos 10 anos. Durante todo esse tempo, o cargo sempre era ocupado por um procurador.
A Cedae, aliás, tem recebido indicações políticas. Algumas delas por Nelson Bornier (Pros), ex-prefeito de Nova Iguaçu, que nomeou, como um dos diretores, Renato Espírito Santo, além da gerência da companhia na Baixada.
Tempos de Cunha
O loteamento de cargos na Cedae lembra quando a empresa tinha o comando do ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB), amigo de Nelson Bornier e também preso na Operação Lava-Jato.
Os aliados
O Pros foi o único partido que apoiou a candidatura de Wilson Witzel (PSC) ao governo desde o primeiro turno. O filho de Nelson Bornier, Felipe, é o secretário estadual de Esporte e Lazer.
O presidente
No último dia 11, a Coluna revelou, no site do Dia, o nome do novo presidente da Cedae: Hélio Cabral, uma indicação de Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC.
A polêmica
A privatização da Cedae foi incluída no pacto de recuperação fiscal do Rio com a União depois que o Estado entrou em crise financeira. Witzel é contra e atua para que a companhia não seja vendida.
Inmetro
Já as principais nomeações para o Inmetro sempre foram feitas pelo deputado estadual Dionísio Lins (PP), ex-presidente do instituto.
Segue...
Caso o PP vá para base do governo Witzel, dificilmente o Inmetro não voltará para as mãos de Dionísio.
Mais efetivo
Em recente reunião, Witzel e o presidente interino da Alerj, André Ceciliano (PT), fizeram um acordo: aumentar o efetivo das polícias Civil e Militar.
A conferir
Se Ceciliano for reeleito ao cargo e a ideia seguir em frente, a Alerj arcaria com as despesas para chamar aprovados em concurso público.
Dinheiro tem
Só no fim do ano passado, a Alerj devolveu ao governo do estado R$ 378 milhões. Tudo sobra do orçamento da Casa.
Abstenção?
Rachado, o PSL pode se abster nas eleições da Presidência da Alerj. O partido da família Bolsonaro até agora não tem candidato para indicar.
Efeito Queiroz
Como a Coluna revelou na sexta-feira, a crise provocada pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro atrapalhou a articulação.
Aliás...
Não chame Flávio e Witzel para tomarem café na mesma mesa. O governador apoia informalmente o petista Ceciliano.
Carnaval sem grana
Por causa da crise financeira das escolas do grupo especial, tem presidente sugerindo que apenas uma seja rebaixada e não duas, conforme regulamento.