Chicão Bulhões vai renunciar ao seu mandato no próximo ano, já que seu partido (Novo) não liberaria o parlamentar para essa missão - Alexandre Brum / Agência O Dia
Chicão Bulhões vai renunciar ao seu mandato no próximo ano, já que seu partido (Novo) não liberaria o parlamentar para essa missãoAlexandre Brum / Agência O Dia
Por CÁSSIO BRUNO

Francisco Siemsen Bulhões Carvalho da Fonseca, o Chicão Bulhões, de 30 anos, é advogado formado pela PUC-RJ. Foi aprovado no processo seletivo do Partido Novo e disputou as eleições pela primeira vez em 2018. Foi eleito com 26.335 votos e decidiu largar o escritório de advocacia para se dedicar ao mandato.

O novato Chicão tem a pretensão de formar chapa para viabilizar a sua candidatura à Presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Com a prisão de André Corrêa (DEM) pela Lava Jato e a desistência de Marcio Pacheco (PSC), o deputado viu a chance de ser um nome alternativo ao presidente interino André Ceciliano (PT), que tenta a reeleição.

O Partido Novo apoiaria o André Corrêa?

Fizemos um documento com propostas. Ele assinou.

Que propostas?

Transparência na internet. Há a Lei de Acesso à Informação, mas, na prática, há dificuldade de se obter informações lá dentro (da Alerj).

Mas o André Corrêa foi preso.

Um dia a gente acordou e ele estava preso. Conviver, sim. Conivência, jamais. Estávamos sendo levados para uma conversa que não era nossa. O Partido Novo é propostas e ideias. Parlamentares de outros partidos ajudaram a formular. Sabíamos que o PSL não teria candidatura própria. Só havia, então, o Ceciliano.

Qual foi o momento da decisão da candidatura própria?

Temos um bom relacionamento com o setor produtivo e econômico. Essas entidades participaram também e apoiaram a candidatura.

É preciso apoio dos deputados.

Queríamos que as pessoas de fora soubessem primeiro. A sociedade acompanha muito pouco a atividade legislativa. Isso é ruim. Para nós, o mais importante era dar uma luz e não montar uma chapa. Para nossa surpresa, o movimento foi bem recebido.

Mas você tem apoio de algum partido?

O Márcio Pacheco (PSC) surgiu como um herdeiro do André Corrêa, com o apoio do PSL. Mas não conseguiu se viabilizar e perdeu o PSL. O Márcio foi nomeado líder do governo e deu apoio ao André Ceciliano, que foi contra o que o novo governo pregou ao longo da campanha.

Você é o candidato do PSL?

Estamos costurando. Hoje, eu conto com parte do PSL, que está insatisfeita com o líder do governo.

O Partido Novo fará oposição ao governador?

Se ele apresentar ideias que a gente julgue importante para o desenvolvimento do Rio, apoiaremos. Se forem danosas à população, vamos nos opor. Não somos base do governo, mas também não somos oposição. Trabalhamos em cima de ideias e temas. Hoje, o cenário está indefinido. Os parlamentares estão receosos por algumas razões, como operações policiais que ainda vão ocorrer.

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