
A crise no MDB do Rio se agravou. O presidente regional do partido, Leonardo Picciani, tem pedido ajuda financeira às bancadas da legenda. Boa parte dos funcionários foi demitida. O repasse do fundo partidário caiu. A situação do filho do ex-presidente da Alerj Jorge Picciani, que era insustentável, ficou constrangedora.
Caso não haja reformulação, afirmam os emedebistas, é dada como certa a saída de todos os cinco deputados estaduais e três federais, além de vereadores. A Coluna já mostrou a deterioração do MDB após a Lava Jato, levando à prisão Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, Picciani e Paulo Melo, entre outros.
Resistência
Leonardo Picciani resiste em deixar o comando do MDB. Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador, já deixou a primeira vice-presidência. Assumiu Washington Reis, prefeito de Duque de Caxias.
Ajuda de fora
Em nível nacional, cresce a influência do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que já sinalizou em dar uma cara nova ao MDB do Rio.
Segue...
Para alguns emedebistas, seria a última esperança de reconstrução do partido.
Troca-troca
Apesar disso, a turma começou as negociações para ser liberada pela Executiva estadual a outros rumos partidários.
As bancadas
Os deputados estaduais são: Franciane Motta (esposa de Paulo Mello), Gustavo Tutuca, Márcio Canela, Max Lemos e Rosenverg Reis. E os federais: Daniela do Waguinho, Vinícius Farah e Gutemberg Reis.
Outro lado
O ex-deputado Leonardo Picciani diz desconhecer o pedido de renúncia: "Me diz o nome de quem pediu que eu respondo. Não vi nenhuma liderança relevante pedir".
Sem 'vaquinha'
Leonardo negou ter pedido dinheiro a deputados.
Estrutura
Sobre as demissões, Leonardo Picciani afirmou que foram apenas quatro devido à redução do repasse do fundo partidário. Hoje, segundo ele, o MDB do Rio recebe cerca R$ 100 mil mensais.
Diga ao povo que fico
Leonardo ressaltou que ficará até o fim do mandato: novembro de 2020. "Se quiserem que eu saia, formem uma chapa e disputem. A última (em dezembro) venci em chapa única".
Debaixo d'água
Ex-prefeito, o vereador Cesar Maia (DEM) criticou Marcelo Crivella (PRB) sobre o caos provocado pela chuva: "Prefeito de uma cidade como o Rio não pode ser surpreendido com tempestade".
Em sintonia
Em nota, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, nega a crise com o ministro da Economia, Paulo Guedes, por causa do uso dos R$ 17 bilhões anuais do Sistema S.
Mas...
A Coluna mantém a informação de que ambos não estão em harmonia.