Após Lava Jato, MDB entra em crise por cargos no governo Witzel
Deputados do partido acusam o colega Max Lemos de negociar sozinho espaço no terceiro escalão
Depois da tsunami provocada pela Lava Jato, o MDB do Rio está perto de implodir. Agora, o fogo cruzado ocorre dentro da própria bancada do partido na Alerj. E o alvo é o deputado Max Lemos, ligado ao ex-deputado Jorge Picciani, que está preso. Indicado como interlocutor do grupo para negociar espaço no governo Wilson Witzel (PSC), Max, segundo os colegas da legenda, barganhou, sozinho, cargos de terceiro escalão apenas para os seus aliados no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Detro, Detran e no Instituto Estadual de Ambiente (Inea). As conversas ocorreram com o vice-governador Cláudio Castro (PSC).
‘É MALUCO OU MENTIROSO’, DIZ MAX LEMOS
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O deputado Max Lemos negou ter feito qualquer acordo para obter cargos. “Quem falou é maluco, mentiroso ou está blefando. Não tenho cargo. Não preciso trair ninguém. Não pedi cargo e nem o governo me ofereceu. Não vou ficar pressionando o governador para ter espaço”, afirmou. Além de Max, a bancada do MDB é formada também por Rosenverg Reis, Márcio Canella, Gustavo Tutuca e Franciane Motta. Há, inclusive, insatisfação com o atual presidente da sigla, Leonardo Picciani, filho de Jorge.
APOIO DA LEGENDA ALÉM DA ASSEMBLEIA
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A intenção de Witzel não se baseia apenas nos cinco votos favoráveis do MDB na Alerj. O partido tem uma rede composta por prefeitos e vereadores, além do tempo de TV e o fundo partidário nas eleições de 2020. Mesmo sem estar no primeiro escalão, o MDB é fundamental na ampla aliança a ser criada em apoio ao candidato a prefeito escolhido pelo governador. Com a distribuição de cargos, Witzel já atraiu PP, PSD e Solidariedade. A ideia é abater o voo de Eduardo Paes (DEM, na foto), único, na avaliação dele, com poder de atrapalhar seus planos.
CPI QUER CONVOCAR CABRAL E PEZÃO
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A CPI da Crise Fiscal votará ainda este mês a convocação dos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB e presos na Lava Jato, além de Francisco Dornelles (PP). A comissão investiga o que levou o Estado do Rio à atual crise financeira, como as suspeitas de irregularidades na concessão de isenção fiscal. Entre 2007 e 2017, foram R$ 218 bilhões em benefícios. O pedido foi do deputado Renan Ferreirinha (PSB).
NOS DOIS LADOS DA POLÍTICA
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Paulo Sérgio Lopes foi o locutor oficial do evento do governo que marcou a reabertura do estádio Célio de Barros, no sábado, com a presença de Witzel. Para quem não o conhece, Paulinho foi a voz da campanha de... Eduardo Paes (DEM) ao Palácio Guanabara.
SÓCIO DE IRMÃO DE EX-DEPUTADO
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Paulinho é sócio de Paulo Cesar Lavrado Cupello, irmão do ex-deputado estadual Tio Carlos, atual assessor parlamentar na liderança do Solidariedade na Alerj. A empresa é a Entreter Festas e Eventos Ltda.
A LEÃO XIII E AS ELEIÇÕES EM 2020
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Soraya Moreno, assessora especial do vice-governador Cláudio Castro, ambos do PSC, tem feito ações na Fundação Leão XIII, feudo do aliado e outrora usada para fins eleitorais. Soraya ensaia candidatura para vereadora ano que vem.
A BOLA DA VEZ NO GOVERNO WITZEL
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A bancada do PRB na Alerj pode pedir, em breve, a Witzel, a cabeça do secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Eduardo Lopes. A alegação é que ele não abriu espaço na pasta para os deputados.
QUEBRA DE SIGILO
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O grupo político do senador Flávio Bolsonaro (PSL) está rachado. Uns defendem as investigações; outros que o parlamentar parta para a guerra na Justiça contra o MP.
PICADINHO
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Funcionários do Detran participam de campanha para doação de sangue hoje. Ação com Hemorio faz parte do ‘Maio Amarelo’.
Até 3 de julho, às quartas, acontece um ciclo de palestras sobre música popular brasileira no Sesc Copacabana. Gratuito.
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A exposição ‘Natureza e Arte’ estará no saguão principal do aeroporto Santos Dumont até 14 de junho. Visitação gratuita.
SOBE
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TÉCNICO DO BOTAFOGO
Com Eduardo Barroca, já são três vitórias seguidas no Brasileirão. É o melhor início do clube no campeonato desde 2007.
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DESCE
SECRETÁRIO DA SEAP
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Presos tiraram foto dentro da cadeia. Pasta de Alexandre Azevedo fiscaliza a entrada de objetos proibidos em presídios.