Reformulação do PSDB no Rio enfrenta resistência de tucanos mais antigos

As mudanças anunciadas recentemente no PSDB do Rio de Janeiro, com a chegada do empresário Paulo Marinho para a direção estadual, estão sofrendo resistência dentro do partido. Contrário às modificações, o velho PSDB do Rio decidiu apelar para a Justiça. A deputada estadual Lucinha avisa que está com uma ação quase pronta. Segundo ela, a convenção que a elegeu para comandar a legenda a nível municipal não estaria sendo respeitada. No entanto, o secretário geral do partido no Rio, Samuca Silva, explica que a convenção à qual Lucinha se refere, realizada há pouco mais de um mês, não foi homologada junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Ou seja, não tem nenhuma validade.

Para dar uma repaginada no partido que não conseguiu eleger sequer um deputado federal do Rio de Janeiro na última eleição, uma Comissão Provisória Estadual foi instituída no último dia 18. Segundo consta em documento que criou tal comissão, um grupo de nove membros realizará uma nova convenção estadual em até 180 dias. Ainda de acordo com o documento, a Convenção anterior não atendeu o estatuto do partido. Por isso, foi cancelada dia 4 de maio. "Precisamos da união do partido. Não sabemos ainda quem será o presidente municipal".

Cada vez mais próximo do governador Wilson Witzel, de quem é secretário de Turismo, Otávio Leite (PSDB) pode deixar o partido e se filiar ao PSC. Ao falar sobre a atuação de seu correligionário, Lucinha disparou. "Ele é um mussum ensaboado. Ninguém sabe para que lado ele vai", disse ela, em referência a um peixe escorregadio. Otávio negou sua saída da legenda e preferiu não comentar a crítica de Lucinha. "Sou candidato a ser um bom secretário de Turismo e ajudar na recuperação do Rio", limitou-se.

Depois da já esperada vitória de Marcelo Crivella (PRB) na votação do processo de impeachment, o prefeito foi afagado por vereadores no Palácio da Cidade. Mal a votação terminou e a sessão caiu, os edis Carlos Eduardo (SDD), Junior da Lucinha (MDB), Dr Gilberto (PMN), Marcelo Arar (PTB), Jorge Fellipe (MDB) foram os primeiros a correr para os braços do gestor. Lá encontraram cinco secretários.

Três destaques que dariam mais transparência à Lei Orçamentária foram rejeitados na Alerj. Assim, não será publicizada a lista das 100 maiores empresas devedoras da dívida ativa do estado nem quanto o governo repassa à RioCard.

Alana Passos e Anderson Moraes, do PSL, mesmo presentes, não votaram. Não quiseram dar o braço a torcer ao PSOL, autor dos destaques, nem levar a pecha de contrários à transparência. A atitude irritou Martha Rocha (PDT).

Uma Frente Parlamentar em Defesa da Água foi lançada pela Alerj, ontem, para abordar questões como a democratização do acesso à água de qualidade, além da proteção de rios, lagoas e nascentes, sob a batuta de Gustavo Schmidt (PSL).

O que o grupo não imaginava era que havia nada menos que 80 projetos na Casa sobre o tema. A maioria... parados. Schimidt promete que todos serão analisados para, quem sabe, entrarem em pauta. Ah, tá.

Dois deputados estaduais estão acertando os detalhes para empregar aliados no Detran. Um dos que vai colocar gente pela janela faz parte Mesa Diretora da Alerj. O órgão é ligado à vice governadoria. Estamos de olho!

- Hoje e amanhã, o jogador do Miami Dolphins, Kenyan Drake, embaixador da ONG Smile Train, visitará parceiros da instituição no Rio.

- A Go2 realiza no sábado o encontro de negócios C+C=O, para líderes e empreendedores. No Courtyard by Marriott, no Recreio.

- A Editora Revan lança 'A Insignificância no Direito Penal Brasileiro' na terça, às 17h, na Livraria da Travessa (Rua Sete de Setembro, 54).