O prefeito Crivella ao lado de funcionário da Comlurb, em Copacabana - Edvaldo Reis/Prefeitura do Rio
O prefeito Crivella ao lado de funcionário da Comlurb, em CopacabanaEdvaldo Reis/Prefeitura do Rio
Por CÁSSIO BRUNO
RIO - Pré-candidato à reeleição, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) publicou nesta segunda-feira, no Diário Oficial, crédito suplementar de R$ 70,8 milhões para a Comlurb, considerada máquina eleitoral em áreas pobres. Em troca, o presidente da Câmara, Jorge Felippe (MDB), que comanda a companhia de limpeza urbana (o novo presidente Paulo Mangueira é indicação dele), tem a missão de convencer os vereadores a aprovar o Concilia Rio, programa de refinanciamento para devedores de tributos municipais, de interesse de Crivella para fazer caixa. Felippe faz corpo a corpo com os colegas. A proposta pode ser votada ainda hoje.

PRESIDENTE PEDE PARA NÃO TER EMENDAS

Com a corda no pescoço diante da crise financeira, Crivella e a coordenação de campanha temem que salários dos servidores atrasem até o fim do ano. E, assim, haja mais desgaste à imagem do prefeito. Felippe pede aos vereadores que não apresentem emendas para não sair de pauta, como fez Paulo Messina (PRTB) em 20 de agosto. Em 2018, o Concilia Rio arrecadou cerca de R$ 1 bilhão aos cofres da prefeitura. Mas hoje, a base de Crivella na Câmara é frágil. No domingo, a Coluna mostrou que parlamentares já cogitam um novo pedido de impeachment.

PREFEITO RESPONDE POR IMPROBIDADE

A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público por improbidade administrativa e dano ao erário contra o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT). Segundo o MP, o pedetista manteve na prefeitura irregularmente uma servidora com dois cargos: um na Secretaria municipal de Governo e outro na companhia de limpeza urbana da cidade. Além disso, nomeou outro funcionário sem que ele tivesse qualificação para o cargo. O MP pede a devolução de R$ 1,4 milhão. Em nota, a prefeitura informou que comprovará que não houve ilegalidade.

O BEIJA-MÃO DA PRÉ-CANDIDATA TUCANA

Mariana Ribas, pré-candidata do PSDB à Prefeitura do Rio, voltou a São Paulo ontem. Agora, para receber a bênção do chefão tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi a primeira vez que os dois se encontraram. A reunião ocorreu na Fundação FHC. Ela chegou lá com Paulo Marinho (à esquerda na foto), presidente estadual da legenda. Marinho faz peregrinação para apresentá-la ao mundo político, mas não descarta aliança com Eduardo Paes (DEM).

A GRANDE FAMÍLIA NO GOVERNO

O governo Wilson Witzel (PSC) nomeou Conrado Gomes Ognibeni Vargas assessorchefe na Superintendência de Empresas da Administração Indireta. Ele é genro de Sérgio Mizrahy, doleiro preso na Operação Câmbio, Desligo.

SOB AS ASAS DO SUPERSECRETÁRIO

Aliás... Conrado, que advogou pelo PSC de Pastor Everaldo, é filho de Luiz Rogério Ognibeni Vargas, o todo-poderoso da Loterj. Estão subordinados a Lucas Tristão, secretário de Desenvolvimento Econômico.

A POLÍTICA COMO ELA É

Márcio Motta, presidente do PSL de Araruama, é primo da deputada Franciene Motta (MDB), esposa de Paulo Melo, preso. Márcio prestou R$ 128,4 mil em serviços à campanha do candidato do partido dos Bolsonaro em Iguaba Grande.

CONFIRMADO NA CEDAE

A Cedae confirmou ontem Marcos Abi-Ramia Chimelli para diretor de Saneamento e Grandes Operações. Ele é primo de Alexandre Bianchini, que ocupava o cargo. O caso foi relevado pela Coluna na sexta.

VOTAÇÃO NA BAIXADA

A eleição para o novo presidente da Câmara de Queimados foi transferida para hoje. Milton Campos (MDB) renunciou após ser investigado por irregularidades.

PICADINHO

O ‘Conecta Varejo’, evento de tecnologia para setores de varejo, acontece amanhã e quinta-feira, no Vivo Rio.

A exposição ‘Darwin: Origens & Evolução’ estará no Museu do Meio Ambiente até o dia 30. Gratuito.

Amanhã, às 18h, a empresária Sabrinna Zanini, leva para o Belmond Copacabana Palace a 5ª edição do Mirror Fashion Day.

SOBE

EX-MORADOR DE RUA

Léo Motta lançou o livro “Há vida depois das marquises” na Bienal do Rio no último fim de semana.

DESCE

CORONEL DO EXÉRCITO

Antônio Carlos Alves Correia foi denunciado pelo MPF por incitar intervenção militar e ameaçar ministros do STF.