O prefeito Marcelo Crivella - estefan.radovicz
O prefeito Marcelo Crivellaestefan.radovicz
Por CÁSSIO BRUNO
RIO - Pré-candidato à reeleição, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) acredita que a ida de Gutemberg Fonseca para o comando da Secretaria de Ordem Pública (Seop) o aproximará da família Bolsonaro. Nos bastidores, porém, Jair e os filhos não querem associar Crivella e a nomeação do ex-secretário de Governo de Wilson Witzel (PSC) à imagem do clã. O próprio Gutemberg nega interferência no acordo com o prefeito. A favor de Crivella, pesa a aproximação do presidente da República com o bispo Edir Macedo, seu tio e dono da Igreja Universal e do grupo de comunicação da Record.

ORDEM PÚBLICA NO CENTRO DA DISPUTA

O fato é que Crivella põe Gutemberg Fonseca na vitrine da gestão. O ex-árbitro de futebol era o responsável pelo marketing digital de Witzel e pela estratégia nas redes sociais nas eleições. Deverá repetir a função na campanha do novo chefe. Gutemberg foi exonerado. Cleiton Rodrigues, ex-chefe de gabinete de Witzel, venceu a briga e ficou com o cargo, assumindo o cobiçadíssimo programa Segurança Presente com protagonismo no quesito ordem pública na ausência da prefeitura. Agora, Gutemberg tentará ocupar o mesmo espaço.

EX-SECRETÁRIO FOI PEGO DE SURPRESA

O troca-troca no primeiro escalão realizado ontem por Marcelo Crivella, com vistas à reeleição, surpreendeu o agora ex-secretário de Ordem Pública coronel Paulo César Amêndola (foto). Ele só foi comunicado da exoneração pelo prefeito depois que a notícia já estava divulgada na imprensa. Amêndola é fundador do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e ex-agente da ditadura militar. Estava na Prefeitura do Rio desde o início do governo, em 2017.

ZERO DOIS ALHEIO AO MUNDO REAL

De volta à Câmara de Vereadores do Rio após tirar licença para cuidar da saúde do pai presidente da República, Carlos Bolsonaro (PSC, na foto) repetiu ontem o que sempre faz nas sessões: isolado, cabeça baixa e mexendo no celular o tempo todo. O parlamentar não discursou no debate sobre a regulamentação do transporte por aplicativo. Cercado por seguranças, ele deixou o local sem falar com os jornalistas.

DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NO RIO 1

Cristina Pinho, subsecretária de Óleo, Gás, Energia e Indústria, deixou o governo Witzel. O setor é peça-chave na distribuição de gás no estado. Ela era subordinada a Lucas Tristão, secretário de Desenvolvimento Econômico.

DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NO RIO 2

Em 20 de agosto, a Coluna revelou a engrenagem envolvendo o serviço. Dentro da subsecretaria, com aval de Tristão, há pessoas nomeadas ligadas ao Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NO RIO 3

O IBP, que à época negou irregularidades, representa companhias petrolíferas multinacionais, interessadas exatamente na distribuição de gás, hoje feita apenas pelo grupo Naturgy (CEG e CEG-Rio).

DISTRIBUIÇÃO DE GÁS NO RIO 4

Para o lugar de Cristina Pinho, será nomeado interinamente Bernardo Sarreta, atual superintendente de Energia. Mas... ficará no cargo só para acumular experiência. Tristão o quer na presidência da Agenersa.

ELE VOLTOU

José Bismarck, ex-presidente da Agenersa, retornou ao cargo de assessor especial da presidência da agência. Seu novo padrinho é o secretário Lucas Tristão.

PICADINHO

O espetáculo ‘Quanta Energia’ retorna ao Centro Cultural Light, de hoje até sexta-feira, às 10h30 e 15h.

Também hoje o Bangu Shopping receberá Beto Tattoo para tatuar de graça mulheres que têm ou já tiveram câncer de mama.

De amanhã até domingo acontece o espetáculo ‘Gibi’, na Caixa Cultural Rio de Janeiro. O ingresso tem valor popular.

DESCE

JORGE FELIPPE

Pela 2ª vez, o presidente da Câmara não conseguiu votar o projeto de lei de sua autoria sobre o transporte por aplicativo.

DESCE

FERNANDO WILLIAM

Na mesma sessão de ontem que discutiu a proposta do serviço, o vereador usou palavrões em seu discurso.