Votação na Alerj foi adiada por número insuficiente de deputados - Paulo Carneiro/divulgação
Votação na Alerj foi adiada por número insuficiente de deputadosPaulo Carneiro/divulgação
Por Maria Luisa de Melo

A primeira tentativa de votação do projeto do Executivo que viabilizaria a construção de colégios cívico-militares, com mão de obra de professores da rede estadual e oficiais nos cargos de direção, naufragou na última terça-feira, com a obstrução da pauta na Alerj. Mas o projeto voltará ao plenário na próxima semana e há grandes chances de ser aprovado já que o governo tem maioria na Casa. Mas a oposição, mesmo sendo minoria, traçou uma estratégia para dar trabalho ao governador, fazendo com que o projeto só seja votado no ano que vem. A tentativa é provocar maior discussão sobre o assunto, com a realização de audiências públicas, o que não aconteceu. Além das cerca de 50 emendas que devem ser apresentadas na próxima semana, os parlamentares ameaçam apelar até para a obstrução da votação do Orçamento, caso não haja diálogo.

 

ENTENDA AS SAÍDAS DA OPOSIÇÃO
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Uma das estratégias que podem ser adotadas pela oposição consiste em exigir a votação dos vetos vencidos na Casa. Pelo Regimento Interno, qualquer veto deve ser votado em até 30 dias do seu recebimento. Caso contrário, a pauta fica trancada. Como sempre há vetos vencidos, essa é uma excelente carta na manga. Além disso, outra estratégia consiste em discutir exaustivamente cada destaque durante a votação do texto-base do Orçamento.
 
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WALDECK COBRA AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Waldeck Carneiro (PT) fala sobre a educação brasileira.
Waldeck Carneiro (PT) fala sobre a educação brasileira.LG Soares / Alerj
Com 16 proposições, Waldeck Carneiro (PT) foi o deputado que mais propôs emendas ao projeto de Witzel. "Podemos assumir o compromisso de não obstruir votação do Orçamento se o governo aceitar debater", disse. Uma de suas emendas pede que as escolas militares não sejam vinculadas à Secretaria estadual de Educação, mas sim às corporações militares. "As escolas estaduais são todas laicas e civis. Se as corporações quiserem ter suas próprias escolas, devem usar suas dotações orçamentárias" , explicou.
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OTONI E WITZEL BRIGAM PELO WHATSAPP
Witzel/Otoni de Paula
Witzel/Otoni de PaulaDivulgação/Whatsapp
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Os ânimos andam exaltados entre o governador Wilson Witzel e o federal Otoni de Paula, ambos do PSC. Após a aproximação de Otoni de Bolsonaro, houve bate-boca pelo WhatsApp. Criticado por Otoni em vídeo, Witzel enviou a seguinte mensagem a Otoni: "Para você se lembrar de onde eu vim", junto com uma foto togado, dos tempos em que era juiz. O deputado diz que foi ameaçado, já o governador preferiu não comentar.
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NOVA IGUAÇU: CHAPA DE LISBOA É CASSADA
Por 4 votos a 3, o plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu pela cassação da chapa que levou Rogério Lisboa à Prefeitura de Nova Iguaçu, na Baixa Fluminense, em 2016. A condenação, segundo entendimento do TRE, deu-se por abuso de poder econômico e caixa 2. Entre as acusações estão a omissão da contratação de carros de som das contas de campanha e a divulgação de notícias injuriosas contra adversários. Como é sentença de primeira instância e não houve unanimidade, o prefeito ainda pode recorrer no cargo. Rogério Lisboa, que é candidato à reeleição, se manifestou por meio de nota. "No caso do site citado na ação, o prefeito reafirma não ter absolutamente nenhuma ligação com o mesmo", aponta o comunicado.
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DOAÇÃO DE R$ 40 MILHÕES.
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A oposição está quicando com a decisão de doar recursos do Fundo da Câmara para pagar o 13º dos servidores e salários dos terceirizados da Prefeitura. O grupo aposta que a verba será empregada em obras eleitoreiras.
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