Renato Cozzolino - Divulgação
Renato CozzolinoDivulgação
Por Alexandre Braz

O deputado Renato Cozzolino será candidato a prefeito em Magé, na Região Metropolitana do Rio. O parlamentar, de família tradicional na política local, está hoje no Partido Republicano Progressista (PRP), que será incorporado ao Patriota. No entanto, Cozzolino pode mudar de sigla visando às eleições municipais. Segundo ele, há um convite para ingressar no Progressistas, que tem planos de voltar a crescer no estado: "Eu serei candidato a prefeito. Precisamos ganhar a eleição em Magé. Mas se tiver que ganhar a eleição estando em outro partido, vamos para outro partido. Tenho uma conversa com o Progressistas, mas não defini ainda". Confira abaixo trechos da entrevista.

O senhor é do PRP, que vai se incorporar ao Patriota. Vai continuar no partido ou tem chance de mudar de legenda? Tem conversado com alguém?

Eu tenho um carinho muito grande com a Eliane Cunha, presidente do partido (PRP), que sempre me tratou muito bem. Eu serei candidato a prefeito em Magé. Precisamos ganhar a eleição em Magé. Mas se tiver que ganhar a eleição estando em outro partido, nós vamos para outro partido, mas vamos estar juntos. Se precisar sair do Patriota para ganhar a eleição, nós vamos sair. O que tem que ser feito é ser eleito prefeito de Magé. Mas tenho uma conversa com o Progressistas, por conta da minha ligação com o Dr. Luizinho (deputado federal e novo líder do Progressistas-RJ), que é meu amigo. Ele quer muito que eu vá para o Progressistas, mas isso está amadurecendo. Mas qualquer decisão que eu for tomar, sei que poderei contar com ambos os lados. Não tem nada definido ainda, mas minha intenção é tomar essa decisão até o Carnaval. Quero anunciar a minha decisão logo depois do Carnaval. 

O que faz o senhor ter essa ambição de ser prefeito em Magé?

Quem nos move é a vontade do povo. Aqui as pessoas pedem pela minha candidatura. Sou daqui e tenho vontade de ajudar a mudar a história do meu município. Eu vou trabalhar por isso.

Como foi 2019? Qual análise do trabalho o senhor faz?

Foi um ano surpreendente. Depois de muita luta, muita batalha, conseguimos a nossa reeleição em 2018. Foi muito difícil a eleição passada. Com essa novidade, que foi o Jair Bolsonaro. Todo mundo ligado ao presidente acabou sendo muito bem votado. E isso dificultou muito a nossa vida. Mas obtivemos 27 mil votos e conseguimos a reeleição. Então, 2018 foi um um pouco confuso, com muitas mudanças no governo, muitas novidades. São novas portas que a gente tem que lutar para abrir e estamos conseguindo e trabalhando pela população não apenas de Magé, mas também por todo o estado.

O senhor falou sobre as dificuldades que teve para se reeleger ao cargo de deputado estadual em 2018. Por quê?

Em minha opinião o que aconteceu foi que o povo estava querendo mudança. E uma mudança muito radical. O Jair Bolsonaro, as atitudes dele, o discurso dele, são muito voltados para essa mudança radical. Então, as pessoas estavam querendo votar no novo, no Jair Bolsonaro e nos candidatos apoiados por ele. Porque ele ia acabar com os problemas do estado do Rio de Janeiro, do país. Eu vivo o Rio de Janeiro e posso afirmar que a população votou em massa no presidente Jair Bolsonaro por causa disso, porque ele ia acabar com a corrupção. Eu não tinha noção da dimensão (da força de Jair Bolsonaro). Só tive dimensão na campanha de 2018. Por exemplo, eu vi gente que nunca se envolveu com a política, aqui em Magé, por exemplo, indo para a rua fazer campanha sem receber um centavo, botando adesivo em carro, gente fazendo até tatuagem do Bolsonaro.

Que análise o senhor faz depois de um ano dessa mudança? O senhor avalia que o Brasil melhorou?

Eu posso te dizer que a gente sempre espera mais, quer mais, mas ao meu ver teve, sim, uma mudança. Uma melhora em todos os sentidos. Desde que essa briga entre o governador e o presidente começou não está sendo bom. Acredito que atrapalha muito o nosso estado. Em uma briga entre políticos quem sai sempre perdendo é o povo.

O que levou o senhor à política? Foi a ligação da família com a política?

Eu sou um Cozzolino (família tradicional na política de Magé). Nós herdamos alguns dotes da família. Não tenho dúvidas de que em 2014, na primeira vez que eu me elegi, muito votos vieram da tradição da minha família. As pessoas têm um carinho muito grande pela família. Em 2014 o cenário político de Magé estava muito nebuloso, as pessoas estavam reclamando muito dos políticos aqui da cidade. E pedindo a volta da família Cozzolino. Foi um desafio imenso para mim. Fui eleito com 21 anos de idade. Mas consegui a eleição. Já no segundo mandato foi diferente, eu já havia feito um trabalho consolidado. O que me levou a entrar na vida política foi ter vivido política desde o dia que nasci, vendo toda minha família vivendo esse meio.

Qual projeto para a população mageense o senhor destacaria?

Não vou citar um projeto de lei, mas sim uma obra. Consegui retomar a obra da de uma estação da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) aqui em Magé, entre os bairros de Maria Conga e Vila Esperança, que estava parada há mais de cinco anos. A população sofre por não ter água chegando em casa. Tem que furar o terreno de casa para tentar fazer poço artesiano. As pessoas não têm água limpa, água tratada. Essa obra foi iniciada em 2012, foi parada em 2015, e nós conseguimos retomar agora em 2019. Posso dizer que essa será a minha maior contribuição para o povo de Magé. É uma obra em que serão investidos mais de R$ 50 milhões. A previsão é que no fim desse ano ela esteja concluída.

 

Você pode gostar
Comentários