Alana Passos (PSL) recebeu 106 mil votos nas eleições de 2018 - Divulgação
Alana Passos (PSL) recebeu 106 mil votos nas eleições de 2018Divulgação
Por O Dia

A grande mudança no cenário político brasileiro ocorrido com a eleição do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) em 2018, trouxe muitas caras novas para o Poder Legislativo. E seja entre os eleitores seja entre candidatos novatos, o presidente não mostrou apenas a sua força eleitoral, mas também a sua capacidade de liderança e de angariar adeptos. No Rio de Janeiro, a deputada estadual Alana Passos (PSL), eleita pela mesma sigla - com 106 mil votos -, é uma das figuras de primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), impulsionadas por Bolsonaro. Ela não esconde o apreço e admiração por ele. "Eu realmente recebi o convite do presidente (para ingressar na vida pública) pela minha postura, minha conduta de vida e aceitei ingressar porque era com ele, porque ele já era meu referencial na política", afirma Alana. Confira abaixo outros trechos da entrevista. 

ODIA: Qual o seu balanço geral do primeiro ano de Alerj?
ALANA: Um divisor de águas na minha vida. Primeiro que venho de um universo totalmente diferente, eu venho do Exército. E de repente, estando no universo legislativo, realmente foi um aprendizado muito grande. Não é um ambiente muito fácil de lidar. Porém, quando você tem postura, pensamento positivo e boa vontade, as coisas fluem.

O que a senhora considera como sendo o mais difícil de lidar nesse ambiente?
Na verdade, nós somos um total de 70 deputados, cada um com seu posicionamento, sua forma de agir, atuar, então sempre você vai encontrar empecilhos, mas nada que atrapalhe de fato. Mas tem que ter um jeito de lidar com 69 pessoas diferentes.

A senhora é paraquedista, veio do Exército, como que se deu sua vinda para a política?
Quando eu resolvi entrar no cenário político de fato, foi quando eu comecei a ver muitas coisas erradas na minha cidade, que é Queimados (Região Metropolitana do Rio), e no estado. E eu não tenho um perfil de quem vê coisas erradas e cruza os braços. Então eu realmente recebi o convite do presidente pela minha postura, minha conduta de vida e aceitei ingressar nesse meio porque era com ele. O presidente já era o meu referencial na política.

E de onde a senhora conheceu o presidente Bolsonaro?
Eu já o conhecia há anos, pela brigada de infantaria paraquedista, o presidente também é paraquedista. Sempre esteve ali no nosso universo.

Quais projetos a senhora conseguiu desenvolver na Alerj e queira destacar? 
Eu tive quatro projetos de leis aprovados, uma proposta de emenda, 42 projetos de lei foram realizados pelo meu gabinete. Em uma eu fui co-autora, que era levar as artes marciais para as escolas. Para mim é um projeto excepcional, sou muito adepta de atividades físicas e isso para nossa juventude é muito positivo. E uma outra lei minha foi instituir estimulação de realização de testes rápidos de HIV, AIDS, sífilis e hepatite nos pacientes de todos as unidades de saúde públicas do Rio.

A senhora tem participado do projeto de criação do novo partido do presidente (Aliança pelo Brasil)? Como tem sido o andamento? Qual papel a senhora tem nessa criação aqui no Rio?
Nós estamos mesmo na iminência da criação, não sabemos que atuação cada parlamentar terá. Porém, está sendo um marco na história porque será criado um partido com clamor de toda a população, verdadeiramente de direita. Estamos com força total, pensamento positivo, teremos um evento agora no dia 1º de fevereiro no Campo do Santana (Centro do Rio) para recolher o apoio popular.

Que análise a senhora faz do primeiro ano de governo do presidente Bolsonaro? Foi positivo em relação à expectativa?
Muito positivo mesmo e não porque ele é meu líder, positivo porque você vê que em 2019 não teve uma notícia de corrupção, de coisas erradas no governo. Essa blindagem, essa preocupação, ela existiu. As reduções que nós tivemos, que o presidente fez, em relação aos cargos comissionados, ao enxugamento das folhas foi muito positivo. Não é fácil, teremos um trabalho que será lento porque a esquerda e o PT destruíram o Brasil no decorrer dos anos.

Sobre Queimados. Qual o maior problema, aquele que fez com que a senhora tomasse a decisão de entrar na política?
Sou uma deputada estadual, mas não tenho como deixar de falar da minha cidade, foi minha maior motivação de ingresso na vida pública. Lá está um caos total, não temos uma saúde de qualidade, uma educação de qualidade, o índice de criminalidade é muito grande. Ali virou um curral político, aonde existem políticos que só pensam no seu e não pensam na população. Existe um índice de cargos comissionados muito grande, acredito que o uso do dinheiro público tem que ser trabalhado com respeito.

Sobre o Colégio Militar. Quais vantagens sobre as escolas civis, na análise da senhora?
Essa é uma bandeira minha e do presidente, mas o governador Wilson Witzel (PSC) não aceitou a parceria com o governo federal para a implantação. Mas ela foi aceita aqui no município do Rio, nós vamos ter a primeira escola militar aqui no Rocha (obra no bairro da Zona Norte, que deve ser entregue nesse mês), a ideia foi aceita pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). E a ideia de melhorar a educação é em todas as esferas, porém hoje a população vem clamando sim por uma escola militar pelo teor da hierarquia, disciplina, padronização, respeito. O índice de aprovação é enorme e a qualidade é ímpar. Não quer dizer que nós não vamos lutar por outras escolas, vamos sim, mas também vamos dar a possibilidade dos pais e crianças poderem também ingressar numa escola dessa padronização, de uma forma positiva. Eu acredito que esse resgate tem que ser feito em todas as esferas, nas escolas municipais e estaduais, que se perderam no decorrer desses anos.

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