Por ADRIANA CRUZ

Rio - Com base na análise das imagens captadas pelo circuito interno de câmeras e depoimento dos envolvidos, o Órgão Especial do Ministério Público decidiu arquivar, por unanimidade, a investigação que apurava a suspeita de agressão do procurador Alexandre Araripe Marinho contra uma estagiária do MP. Os procuradores concluíram que o contato físico que houve entre Araripe e a jovem foi para permitir que ele e uma promotora, agredida verbalmente pela suposta vítima, tivessem acesso ao elevador.

A sessão foi presidida pelo procurador Ricardo Martins. A jovem havia denunciado escândalo sexual envolvendo juiz do Tribunal de Justiça em que teria sofrido estupro de vulnerável em uma casa de suingue. Ela alegou que estava no sétimo andar local do gabinete de Araripe em busca de informações sobre um laudo que teria saído de sua ficha funcional e foi parar no procedimento contra o magistrado. À época, Araripe era o responsável pela investigação sobre o suposto crime contra o juiz que foi, posteriormente, arquivada.

LAUDO ICCE
Publicidade
O laptop e telefone da estagiária do MP foram periciados por agentes do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). Mas segundo peritos houve falta de questionamentos específicos. O material foi apreendido por ordem judicial no dia 24 de novembro do ano passado.
Publicidade
DEVOLUÇÃO DE BENS
O juiz da 3ª Vara Criminal, Rafael Rezende das Chagas, determinou a devolução de celular e laptop à estagiária do Ministério Público. Os equipamentos foram apreendidos porque o juiz - que foi acusado de estupro de vulnerável - a denunciou por extorsão na 74ª DP (Alcântara).
Publicidade
RECURSO NEGADO
Publicidade
A estagiária participou da sessão de julgamento no Órgão Especial do Ministério Público que aconteceu na semana passada. Ela recorreu da decisão de arquivamento sob o argumento de que fora agredida e de que é perseguida, mas os procuradores não aceitaram o pedido.
Você pode gostar
Comentários