O presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, e os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, já se entregaram na Superintendência da Polícia Federal na capital fluminense. Os três parlamentares deixaram a Superintendência da PF a caminho do Instituto Médico Legal, nesta terça(21). - Rodrigo Menezes/Parceiro/Agência O Dia
O presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, e os deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, já se entregaram na Superintendência da Polícia Federal na capital fluminense. Os três parlamentares deixaram a Superintendência da PF a caminho do Instituto Médico Legal, nesta terça(21).Rodrigo Menezes/Parceiro/Agência O Dia
Por ADRIANA CRUZ

Rio - Amanhã é o dia D e histórico no Tribunal Regional Federal 2 (TRF-2) para os caciques do antigo PMDB, os deputados estaduais Paulo Melo, Edson Albertassi e Jorge Picciani acusados de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro - neste caso só Piccianni. É a primeira vez que os desembargadores vão decidir, em sessão extraordinária às 15h, se parlamentares vão para o banco dos réus. Na bolsa de apostas é dado como favas contadas que os magistrados vão aceitar a denúncia por corrupção passiva, organização criminosa contra os caciques do PMDB, sendo que Picciani é alvo ainda da suspeita de lavagem de dinheiro.

Se a decisão do TRF-2 for favorável ao Ministério Público Federal (MPF) começa a tramitar o primeiro processo da Lava Jato contra autoridades com prerrogativa de foro na 2ª instância (outros casos correm em Varas Federais ou tribunais superiores). Enquanto a defesa da cúpula da Assembleia Legislativa defende que a denúncia é inepta, ou seja, não vincula a conduta dos réus aos crimes, cerceamento de defesa, falta de justa causa e violação da imunidade parlamentar, o MPF argumenta que a operação Cadeia Velha, que levou o trio para a cadeia, sustentou que os advogados não conseguiram afastar a imputação dos crimes. Os procuradores reiteraram ainda a manutenção das prisões sob o argumento de que a libertação dos políticos representaria risco à efetividade da justiça, à garantia da ordem pública em razão da influência política e econômica, além deles risco. E mais: reiterou a manutenção das prisões. 

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