Rogério Sanches Cunha - MARCO MÁXIMO
Rogério Sanches CunhaMARCO MÁXIMO
Por ADRIANA CRUZ

Rio - Lula solto, Lula preso e o brasileiro cada vez mais confuso para entender o Judiciário. Resolução do Conselho Nacional de Justiça impede que no plantão seja reexaminada decisão judicial já tomada como aconteceu com o desembargador Rogério Favreto, que decidiu liberar Lula. O presidente Tribunal Regional Federal 4, Thompson Flores, cassou. Mas os rumos da Justiça ficam cada vez mais em xeque quando o assunto é Lava Jato.

Com a palavra - Rogério Sanches Cunha, promotor de Justiça de São Paulo

O caso revela insegurança jurídica no país?

Realmente, o que vimos foi uma total violação da resolução 71 do CNJ que declara que o plantão não se destina a reexaminar decisões judiciais já tomadas. E mais: a autoridade para julgar o caso em habeas corpus é o STJ.

A sociedade assiste a isso atônita.

Nós estamos vivendo um tempo onde o Supremo arquiva de ofício, sem manifestação do Ministério Público, investigações que demoram muito quando a penalidade é a prescrição (perda do tempo do estado para punir).

É o efeito da Lava Jato?

Direta ou indiretamente. As investigações estão na metade e assim serão enfraquecidas.

O que deveria mudar?

A ingerência nefasta do Executivo. É o presidente que indica os ministros do Supremo. Deveriam ser magistrados de carreira. O STF tem que ser corte constitucional e não quarta instância recursal.

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