Coletiva do chefe de policia civil Rivaldo Barbosa na ACADEPOL no centro do Rio. Rj, 13 de julho. - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Coletiva do chefe de policia civil Rivaldo Barbosa na ACADEPOL no centro do Rio. Rj, 13 de julho.Marcio Mercante / Agencia O Dia
Por ADRIANA CRUZ

Rio - Caiu como uma bomba no Ministério Público e na Polícia Civil, a denúncia por fraude em licitação dos promotores Claudio Calo e André Guilherme contra o chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e outros quatro delegados. O procedimento enviado à Justiça coloca em xeque três contratos emergenciais de mais de R$ 19 milhões para a contratação de mão de obra para Tecnologia da Informação na Polícia Civil. Para os promotores, a instituição tinha tempo hábil para promover licitação, como determina a lei, mas decidiu continuar as contratações emergenciais apesar dos alertas emitidos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Agora, o caso está nas mãos da juíza da 38ª Vara Criminal, Gisele Guida. Caberá a ela decidir se aceita a denúncia e os acusados virarem réus e se afasta os delegados dos cargos, como os promotores pediram. Nos bastidores do judiciário, a aposta é a de que a juíza prosseguirá com a ação penal, mas não afastará os servidores dos cargos. Ninguém descarta ainda a possibilidade de a magistrada rejeitar o procedimento, como defendem delegados da Polícia Civil sob o argumento de que a investigação é vazia.

Enquanto isso, o racha nas instituições ficou claro. Agora há pouco, em coletiva da Polícia Civil, delegados fizeram ato de desagravo a Ribaldo Barbosa. A cada explicação sobre os contratos, o auditório lotado da Academia de Polícia aplaudia a fala do chefe. No Ministério Público, um dos maiores questionamentos é o de que ninguém sabia do caso já que atingiria em cheio outra instituição.  

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