Por ADRIANA CRUZ

Rio - Ex-comandante do 17ª BPM (Ilha do Governador) tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel e mais 11 PMs foram condenados, por extorsão mediante sequestro e roubo, a penas que variam de 17 a 20 anos de prisão. Corpas foi quem ganhou a maior punição 20 anos em sentença da juíza da Auditoria da Justiça Militar, Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros. Quatro policiais foram absolvidos.

Corpas e seus subordinados chegaram a ser presos em 2014 durante a Operação Ave de Rapina, do Ministério Público e da Secretaria de Segurança. Eles foram acusados de sequestrar traficantes e cobrar resgates de R$ 300 mil. Dois grupos seriam os alvos, um do Morro do Dendê, Ilha, e o outro de criminosos que comandariam o tráfico de drogas na comunidade de Senador Camará, Zona Oeste.

Os PMs ainda eram suspeitos de vender três fuzis para os bandidos do Dendê, por R$ 140 mil. Na sentença, a magistrada enfatizou que as empreitadas criminosas duraram muito tempo e exigiram grande empenho e ousadia dos acusados.

Sem ordem de prisão

Na sentença, a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros não determina prisão imediata para os condenados, entre eles três oficiais, como o tenente Vitor Mendes da Encarnação. Com isso, o grupo pode ter ganhado o direito de recorrer da decisão em liberdade.

Nova ação à vista

As empreitadas criminosas dos PMs, comandadas por Corpas, são escandalosas. O Ministério Público pediu à juíza Ana Paula reparação por dano moral e material. Mas a magistrada entendeu que a Auditoria da Justiça Militar não é o juízo adequado para esse tipo de ação.

 

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