
Rio - Uma eleição marcada pelo ódio nas redes sociais e ataques a instituições, como o do deputado federal Eduardo Bolsonaro, do PSL, filho do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro. Eduardo fez declarações sobre o possível fechamento do Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição Federal, símbolo da Democracia. No pacote de intolerância até a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber, foi alvo de ameaças.
Com a palavra - Felipe Santa Cruz, presidente da OAB-RJ
Como o senhor avalia o ataque do deputado federal Eduardo Bolsonaro ao Supremo?
Gravíssimo que o funcionamento do Supremo, guardião da Constituição Federal, seja objeto de campanha. Ambos os partidos que foram para o segundo turno fizeram o Supremo de alvo.
O que representam as ameaças anônimas por e-mail à Rosa Weber?
Absurdas. Qualquer ato político tem que ficar no limite da legalidade. O Bolsonaro levou uma facada, o Haddad sofreu ameaças, eu já fui ameaçado.
Agora, as autoridades estão vacilantes?
Os partidos precisam entender que é preciso diálogo. Fora isso, é guerra civil. O país ficou aprisionado pela linguagem do conflito. Ninguém quer ouvir ninguém.
O jogo baixo impera nas redes sociais?
As redes sociais viraram espaço de ódio e não de debate. Há um embate sem fronteiras. Isso traz trevas.