
Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha declarado durante inauguração do aeroporto de Macapá que o 'Exército não matou ninguém', o ministro do Superior Tribunal Militar Lucio Mario de Barros Góes negou o pedido de liberdade dos nove militares acusados de fuzilar com 80 tiros o carro do músico Evaldo Rosa, que morreu, em operação em Guadalupe, no último domingo. Outras duas pessoas ficaram feridas.
O advogado Paulo Henrique Pinto de Mello que defende o grupo alegou que a prisão era ilegal, o que foi rechaçado por Goés. "Destacou a referida autoridade judiciária que, no caso em tela, foram desrespeitadas as regras de engajamento que devem pautar a atuação dos militares, que culminou na prática delitiva", escreveu o ministro em um dos trechos da decisão.
Nos últimos 32 anos, foram 12 mortes de civis atribuídas a integrantes das Forças Armadas em todo o país. Os réus foram condenados. Atualmente, há no Rio três processos em tramitação sobre homicídios e tentativa de homicídios envolvendo militares. Na quarta-feira, a juíza Mariana Aquino de Campos, da 1ª Auditoria da Justiça Militar, decretou a prisão preventiva dos nove militares acusados de executar Evaldo.