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O REI DA IMITAÇÃO, mais conhecido como Carioca, estará em breve de volta às telinhas. E quem pensa que após o fim do 'Panico na TV' ele se recolheu para tirar férias prolongadas está muito enganado. Prestes a completar 21 anos de carreira, o humorista está em cartaz com o espetáculo 'Carioca em Más Companhias', no Imperator, no Rio, no qual interpreta seus principais personagens. Conhecido por sua irreverência e versatilidade como ator, repórter e apresentador, Carioca está também na programação da Rádio Jovem Pan com o 'Pânico' e na Rádio Bandeirantes com o 'Pânico na Band'. Na entrevista abaixo, ele fala da censura no humor, vida pessoal e propostas para a TV. Com vocês, Márvio Lúcio dos Santos Lourenço.

O que o público deve esperar do seu novo espetáculo 'Carioca em Más Companhias'?

O público vai lá para se divertir. É um espetáculo de humor. Passar uma hora e meia para relaxar, para curtir e ver cinco personagens no palco. É um resumo da minha carreira. Tem muita interatividade e diversão até o fim.

Qual é o segredo para trocar de personagem tão rápido numa peça ao vivo?

Me inspirei muito na peça 'O Mistério de Irma Vap'. Eu troco de roupa rapidamente em menos de um minuto e meio. As roupas são todas preparadas para isso e é um desafio eletrizante para mim.

Qual é o seu grau de envolvimento na produção desse projeto? Só apresenta ou costuma participar de todo processo de produzir a peça?

Todo o projeto do espetáculo é meu. Participo de tudo: da luz, das roupas, do cenário... Eu dou pitaco em tudo. Acho que esse é o segredo para as coisas darem certo.

Fazer a imitação perfeita é na base da insistência?

Também, porque precisamos de dedicação e estudo para poder fazer a semelhança!

Já precisou reformular seus personagens por causa da 'era do politicamente correto'?

Olha... Eu não ligo para o politicamente correto. Não estou nem aí para ele. No teatro não pode haver censura e no humor não existe esse tipo de coisa. Dou uma banana para o politicamente correto.

Quando você se descobriu humorista?

Foi no rádio que eu me descobri como humorista e percebi que eu conseguia fazer as pessoas rirem.

O que seus pais acharam disso?

Meu pais queriam que eu estudasse mais, virasse um engenheiro, ser um artista nunca passava pela cabeça deles. Eu acabei me descobrindo na vida, porque eu faço o que gosto, o que eu sempre amei. Meus pais adoram! Me deram apoio na faculdade de Jornalismo, vão em quase todos os meus shows e me dão o maior incentivo.

Tem alguém que você gostaria de imitar e não consegue?

Sim. O Galvão Bueno eu não consigo fazer. Ele é um desafio.

Carioca está nos palcos, mas já temos previsão de quando vamos vê-lo na TV novamente?

Em breve! Não posso revelar ainda porque eu ainda não assinei, mas só falta mesmo assinar. Em breve vocês me verão nas telinhas novamente.

Já tem alguma proposta para a TV?

Sim! Mas ainda não posso falar.

Se você tivesse que se definir em uma palavra, qual seria e por quê?

Autenticidade. Porque eu sou uma pessoa muito justa. Não gosto de injustiça. Me posiciono com aquilo que eu acredito, vou muito atrás do que é justo para todos.

Você emagreceu bem. Queria um novo visual ou essa perda de peso está relacionada com a sua saúde?

Estou emagrecendo. Minha mulher é ligada a área da saúde. Cortei o açúcar e descobri um novo mundo. Em uma semana eu me descobri. Perdi cinco quilos em quinze dias e estou muito feliz com isso.

Em ano de eleição você não teme dar maior popularidade ao Bolsonaro com seu personagem Bolsonabo?

Não estou preocupado em dar popularidade para o Bolsonaro. Já fiz Lula, Dilma, Jucá... E se precisar fazer a Maria, faço também. Minha função de humorista é tirar sarro de tudo.

Nas festas de família você costuma encarnar o Carioca ou fica só como o Márvio mesmo?

Na minha família eu sou o Márvio. No Rio eu sou o Márvio. Em São Paulo, eu sou o Carioca. Pelo meu sotaque, talvez, as pessoas me chamam de carioca, ou por ser do Rio. Eu amo estar perto da minha família e a maior felicidade da minha vida é quando meus filhos ficam perto dos meus avós, tios e primos. Nossa... É meu ápice.

Você aproveita seus personagens para entreter suas crianças em casa também? Para eles tem imitação de personagens específicos para a idade?

Eles gostam de tudo! A maior felicidade de uma pessoa, um privilégio, é ter filhos. Eu brinco muito com os meus filhos. Faço questão de ser muito valioso com eles. Imito vozes de desenhos, vilão, personagens... eles se amarram! Morrem de rir!

E para sua mulher?

Costumo imitar pessoas conhecidas. Ela se amarra e também morre de rir.

Como é o assédio na rua?

Não me sinto assediado. Pelo contrário: escuto todos que me param e falam do trabalho. Acho que é bem positivo.

Do que mais você sente saudade no 'Pânico'?

Dos meus amigos. Sinto saudade do Bola, do Vesgo, do Edu, das pessoas do programa, dos amigos, da Sabrina. Isso eu sinto saudade. O programa cumpriu o seu papel. Ele fez todo mundo que estava no elenco. Foi um programa maravilhoso.

Como foi a sua reação ao saber que o programa chegaria ao fim? E sua família?

Foi com muita tranquilidade. Além do mais, minha carreira já estava andando de uma outra forma. Para a minha família também foi tranquilo.

Na era digital, como é sua relação com as redes sociais? Costuma ser viciado ou é desapegado?

A coisa que eu mais me divirto são com as redes sociais. Tenho hoje quase sete milhões de pessoas nas minhas redes. É um canal direto que eu tenho com os meus fãs, com as pessoas. E muito do meu trabalho hoje vem das redes sociais. Eu acho o maior barato poder brincar. Eu mando, eu faço... É um espaço livre. Não tenho chefe. Faço o que eu quero. Amo mesmo.

Você encontrou no Youtube um meio de não deixar o seu humor ser esquecido?

O humor nunca vai ser esquecido. O Youtube deixa você vivo, nunca vai deixar você esquecido, pois ali tem a memória. Recebo e-mails de fãs comentando de vídeos antigos e acho muito bacana isso. Eu tenho ido em programas de TV, estou na ativa.

O que você gosta de fazer nas horas vagas?

Eu gosto de brincar com os meus filhos. Jogar videogame, jogos, voar de drone, adoro brincar com brinquedos de adulto.

Tem alguma mania sua que quase ninguém sabe?

Não sei... Adoro carro, adoro jogos de simulador, drone... É essa a mania que eu tenho.

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