Ivo Meirelles e a filha Vitória - Reprodução internet
Ivo Meirelles e a filha VitóriaReprodução internet
Por O Dia

A C&A bem que tentou se retratar com Vitória Meirelles, filha de Ivo Meirelles, após a jovem de 23 anos ter sido vítima de racismo dentro de uma das lojas da empresa, no Centro do Rio. Mas pelo visto não conseguiu ainda. É que representantes da empresa entraram em contato com a assessoria de imprensa de Ivo buscando se redimir do episódio constrangedor ao qual a filha do cantor foi submetida graças a uma das funcionárias que seguiu a moça até o provador por conta de sua pele negra.

Vitória conta que na conversa, os representantes da loja ofereceram uma visita à sede da empresa em São Paulo. A oferta não foi prontamente aceita, porque o que Vitória realmente quer é uma retratação pública que ainda não veio. Segundo Vitória, houve uma longa conversa entre ela e os representantes da marca, que ao serem questionados por ela sobre o pedido de desculpas público, mudaram completamente o tom da conversa:

"Na terça-feira a noite, a C&A procurou a assessoria de imprensa do meu pai, querendo entrar em contato com ele para conversar sobre o que aconteceu comigo. Meu pai explicou que eles deveriam falar comigo diretamente. Pois então, um representante da marca me ligou e, após uma longa conversa com a minha mãe no telefone, eu resolvi falar com eles para explicar exatamente o que aconteceu. Eles disseram que lamentavam muito, que não era a política da loja esse tipo de comportamento e me convidaram para conhecer a sede da C&A em São Paulo. Para mim, eles visivelmente estavam buscando uma forma de tentar abafar o caso entre nós, após tanta repercussão nas redes e na mídia. Eu estava muito nervosa, tinha chorado de novo porque foi um caso que mexeu muito comigo, disse que poderia pensar neste convite mais para frente, mas aquele não era o momento para isso. Depois dessa conversa, minha mãe explicou a eles que uma retratação pública seria muito bem-vinda, principalmente para mostrar que a marca não compactuava com a ação da segurança. Na mesma hora eles mudaram o tom da conversa, disseram que iriam conversar entre eles para ver o que poderiam fazer. Hoje já é quinta-feira, não vi retratação, eles também não me procuraram para mais nada, mostrando que realmente não estão nem aí para o que passei. O Pré-registro conta a marca foi feito online e estou esperando o delegado averiguar, para prosseguir judicialmente. Não há dinheiro que pague o meu constrangimento. Eu só quero que essas situações parem!"

Vitória Meirelles ainda afirma estar apenas aguardando o delegado responsável analisar o boletim de ocorrência que foi aberto por ela na internet para dar prosseguimento ao caso na Justiça. 

"Fiz o pré-registro de ocorrência on-line, porque assim fui orientada por um profissional da 5ª Delegacia Policial, no centro do Rio, onde tentei registrar a ocorrência na tarde de terça-feira, 24. Fui muito bem recebida e orientada que este procedimento teria que ser feito on-line."

Boletim de ocorrência feito por Vitória Meirelles - Divulgação

 

Você pode gostar