Patrocínio permite retorno do blocos afros do Rio de Janeirofoto de divulgação Mercado Livre
“As nossas campanhas têm nos ajudado a seguir uma trajetória consistente de aprendizado, permitindo enfrentar de maneira coletiva os desafios à equidade racial, que sabemos que são complexos”, reconhece Thais Souza Nicolau, diretora de Branding do Mercado Livre – parceira da campanha.
Blocos que voltam a desfilar
Tafaraogi
Foi um dos três contemplados pela campanha no Rio de janeiro e recebe aporte para se reestruturar e voltar a desfilar no ano que vem. O grupo, que incentiva o movimento afro é pioneiro na Zona Oeste carioca, onde desenvolve uma forte atuação cultural e histórica na região. O último desfile foi há oito anos.
Afoxé Maxambomba
A religiosidade também é uma forte marca do grupo, que faz parte do Centro de Integração Social Inzo Ia Nzambi (Cisin), patrocinador do Trófeu Kizomba Ria Nsaba para homenagear pessoas que fortalecem e valorizam a cultura Afro. O centro e o bloco são fruto da atuação da Mãe Arlene de Katendê, que começou a militância aos 16 anos, em 1972, na Nação de Angola raiz Goméia, e hoje é tida como umas mais influentes religiosas da Baixada.
Olodumaré
Apadrinhado do Olodum da Bahia, foi fundado em 1985 por Mestre Oswaldivino. Desenvolve um importante trabalho social na cidade de Niterói. Possui mais de mil associados e se destaca pelas coreografias e sonoridade. É animação certa no carnaval de rua niteroiense. Não desfila desde 2019.
“A essência do carnaval está associada à ideia de democracia, de liberdade e de ocupação dos espaços pela diversidade, e é com esse propósito que o Mercado Livre abre alas para que empreendedores e afroblocos tenham seu lugar de destaque e de direito”, completa Laura Motta gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre.
Um dos objetivos da campanha é impulsionar os afroempreendedores como forma de valorizar a cultura preta no Carnaval.
“Fazendo jus a uma festa tão democrática. A visibilidade pode ser transformadora, nos motivando a investir em ações que ajudam a construir uma sociedade mais inclusiva”, concluiu Thais Souza Nicolau.
Abadás
Uma das características dos blocos Afro é sua roupa típica. Com o aumento da mercantilização muitos confundem a vestimenta com ingresso para desfilar ou espaço vip. No entanto, um amplo trabalho de pesquisa mostra a origem desse símbolo desse estilo de agremiação. Junto ao estudo está sendo lançado a Coleção homônima do Instituto Feira Preta com renda revertida para os grupos culturais contemplados.
A coleção abadá foi projetada pelas marcas Nazura Art, Casa Cléo, e Studio Aurum, que criaram nove peças inspiradas em importantes afroblocos nacionais.
“Fortalecemos o afroempreendedorismo na América Latina, por meio da inclusão digital, da geração de renda e da valorização da cultura afro. Atuamos em parceria com a PretaHub para democratizar oportunidades e reduzir desigualdades sociais e geográficas, conectando saberes e pessoas por meio dos nossos programas, produtos e serviços”, destaca Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre.
Parceria
Por meio dessa parceria que ocorre desde 2018, a PretaHub apoia e acelera empreendedores negros, indígenas e quilombolas desde o processo criativo até a comercialização. Além disso, há mais de um ano, a companhia conta com uma loja oficial que reúne mais de 1.000 produtos de moda, beleza e decoração de 70 empreendedores.
“A Divisão de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo estima que o carnaval deverá movimentar R$ 8,18 bilhões neste ano. É preciso que a população negra volte a ocupar lugares de concepção e destaque nessa grande festa, do abre-alas às musas, dos compositores e carnavalescos à direção das escolas de samba e dos blocos de rua, e que não seja apenas lembrado nos enredos que tomam conta das avenidas” - explica Adriana Barbosa.
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