Pesquisa indica que empréstimos respondem por 52% da maneira de aquisição do imóvelFreepik
E você? O que pretende fazer com o seu 13º? Utilizar no crédito habitacional ou investir? Rafael Pena, gestor de Equipes na Investsmart XP, diz que a primeira coisa a ser levada em consideração é a famosa reserva de emergência. "Analisar as condições existentes é importante para encontrar a alternativa mais interessante. Comece avaliando sua condição financeira hoje, formando um fôlego, caso aconteça alguma emergência no caminho. O ideal é ter cerca de 12 até 24 meses dos custos mensais de vida em reserva, para emergências", orienta Pena.
Caso as parcelas do financiamento estejam previstas dentro das despesas mensais, sem causar rombos no orçamento, o ideal é investir este dinheiro extra, mesmo que seja de forma conservadora. É o que indica Matheus Costa, especialista em crédito da BankRio Credit. "Estamos no momento de alta da Selic (taxa básica de juros), o que faz com que seja possível aos investidores aplicarem os valores em títulos indexados pela taxa de juros do país e obter retornos nos investimentos relevantes sem se exporem a riscos desnecessários", analisa Costa.
Desta forma, ressalta ele, eventuais emergências podem ser sanadas sem o comprometimento das contas do mês, inclusive das parcelas do financiamento imobiliário. Sempre vale lembrar que em janeiro as famílias têm gastos já esperados como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), além de matrículas e materiais escolares.
Analise o Custo Efetivo Total
Além disso, não esqueça de colocar na balança o Imposto de Renda. "Quando realizamos a compra de um imóvel por meio financiamento, podemos declarar essa dívida para a Receita Federal. E caso o cliente queira vender esse imóvel no futuro e tenha lucro nessa transação, poderá abater do imposto a ser pago, sob o lucro, o valor que pagou de juros durante esse tempo", alerta Costa. Nessa situação, quitar os juros faz com que ele possa pagar menos imposto à Receita após a venda do imóvel.
Seja qual for a sua escolha, Pena e Costa afirmam que a resposta certa não existe. Segundo eles, saúde financeira, investimentos e pagamentos de parcelas variam de acordo com a realidade de cada família, ou seja, não há uma fórmula mágica. Por isso, para evitar a tomada de decisões erradas, a dica é consultar especialistas de investimento, crédito e corretores de imóveis, profissionais gabaritados para dar a melhor orientação.
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