Pesquisa indica que 28% dos entrevistados utilizam o home equity para investir em outro imóvel ou para reformar o bem atualFreepik

O mercado de home equity vem crescendo no Brasil. Neste modelo de empréstimo, o imóvel quitado é dado como garantia à instituição financeira e o valor pode ser utilizado para vários fins como pagamento de dívidas e até mesmo para a compra de uma residência nova ou a reforma do próprio bem. Para se ter ideia da procura, segundo estudo da Credihome by Loft, houve um crescimento de 78,7% no volume de empréstimos deste segmento emitidos pela empresa nos primeiros nove meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2021.

A pesquisa aponta que 54% dos participantes disseram que recorrem a esse recurso para quitar dívidas. "O home equity facilita a solicitação de recursos em meio a um cenário econômico instável, mas sem trazer ainda mais gastos para o cliente", afirma Bruno Gama, CEO da empresa. O levantamento indica também que 28% dos entrevistados utilizam a modalidade para investir em outro imóvel ou reformar o bem atual. Já 13% explicaram que usam essa opção para investir nas próprias empresas e, por fim, 5% das pessoas utilizaram o crédito como uma maneira de acessar dinheiro rápido.

De acordo com Gama, entre as principais vantagens do home equity estão os custos reduzidos e a concessão de créditos de montantes mais altos. "Como a instituição financeira possui um imóvel como garantia, há mais segurança em liberar o recurso, que pode chegar a 60% do valor do bem. Por causa disso, as taxas também são menores que outros empréstimos mais comuns, com linhas a partir de 0,95% ao mês, por exemplo. Além disso, os prazos de pagamento são alongados e podem alcançar até 240 meses", complementa o executivo.

Como funciona a modalidade

Como a coluna explicou logo na abertura do texto, no home equity, um imóvel comercial ou residencial é dado como garantia à instituição financeira. "O bem é fornecido ao credor para evitar possíveis prejuízos com a falta de pagamento. A propriedade pode ser do próprio tomador de crédito ou de outra pessoa, como um fiador", explica Bruno Gama.

Segundo ele, as únicas exigências para a liberação do recurso é que o imóvel deve estar quitado, sem pendências na documentação e não seja fruto de penhoras, discussões judiciais ou outros impedimentos. "Se não houver problemas com a propriedade, a concessão ocorre por meio do processo de alienação fiduciária, que é a transferência do bem por meio de um contrato entre a instituição financeira e o contratante. Com a formalização do documento, o acordo é fechado e o cliente já pode utilizar o crédito", ressalta Gama.