Desconto concedido por quem decidiu procurar por imóveis "sem pressa" foi, em média, 50% maior do que o recebido por quem estava com mais urgência de se mudarFreepik

A coluna vem acompanhando a valorização dos aluguéis residenciais no Rio de Janeiro e, no mais recente levantamento do Índice QuintoAndar, esse avanço permanece na cidade. A alta na capital fluminense, em janeiro, foi de 1,45% na comparação com dezembro de 2022, indicando um preço médio do metro quadrado (m²) de R$ 36,73. É o 17º mês de aumento, de acordo com o estudo.

Entre os principais fatores para esse cenário está a alta temporada de procura dos aluguéis. Isso porque, de acordo com a plataforma, como muitos contratos vencem no final do ano, há uma demanda maior por aluguel nos primeiros meses do ano. E, assim como ocorreu em 2022, as regiões mais próximas do transporte público têm sido mais valorizadas, o que explica o aumento dos preços.

O levantamento destaca ainda que, assim como nos meses anteriores, os imóveis de um quarto se destacaram. No Rio, a alta foi de 2,52% em janeiro ante dezembro. No último mês do ano, o preço médio dessas unidades foi de R$ 44,27 por m². Ou seja, uma pessoa que deseja alugar um apartamento de 35 m² terá que desembolsar, em média, R$ 1.549 por mês na locação no Rio, sem contar o condomínio, IPTU e outras taxas.

Desconto para quem não tem pressa

Uma das formas de economizar é ter tempo disponível para pesquisar o novo lar. Em janeiro, dados do QuintoAndar indicam que o desconto concedido para aqueles que decidiram procurar por imóveis "sem pressa" foi, em média, 50% maior no Rio do que o recebido pelos que decidiram se mudar "o mais rápido possível", sem se programar. "Isso significa que quanto mais cedo você começa a buscar um imóvel, maior a probabilidade de conseguir um melhor preço e negociar", afirma Vinicius Oike, economista da plataforma.

Os dados revelam também que a diferença entre o preço do anúncio e o do contrato atingiu -9,52% no Rio de Janeiro, mantendo um ciclo de estabilidade observado nos últimos meses. Na avaliação da empresa, há mais espaço para barganhar, mesmo com um cenário de preços mais elevados.