Programa Minha Casa, Minha Vida teve 128.023 imóveis vendidos nos 12 meses encerrados em marçoFreepik

As vendas de novos imóveis chegaram a 177.350 no país, no acumulado de 12 meses encerrados em março, o que representa um crescimento de 43,1%. Puxando este cenário positivo está o programa Minha Casa, Minha Vida, que apresentou um avanço tanto na quantidade de unidades vendidas, 128.023, alta de 56,4%, quanto no valor total de vendas ao longo do período analisado, com R$ 28,9 bilhões, aumento de 66,4%.
O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) também teve bom desempenho: foram 44.943 imóveis comercializados, alta de 15,2%, e R$ 23,3 bilhões de valor de vendas, o que corresponde a um avanço de 27%.
Atualmente, a duração dos estoques está em 12 meses, na comparação com os 24 registrados no início de 2023, o que mostra um nível saudável, permitindo o retorno dos lançamentos. Os dados do indicador Abrainc-Fipe indicam que este foi o melhor resultado da série histórica iniciada em 2014. O levantamento foi elaborado com informações de 20 empresas do setor pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Na análise de Luiz França, presidente da Abrainc, a oferta de financiamento para a classe média precisa ser ampliada para acompanhar o crescimento do mercado imobiliário. Isso porque o declínio dos recursos da poupança está tornando o crédito mais caro e menos acessível. “É necessário aumentar a oferta de crédito através da liberação de recursos do compulsório sobre depósitos de poupança, conforme proposto pela Abrainc e Abecip”, diz França. Segundo ele, é preciso também avançar no Programa Acredita para estimular a securitização de créditos, permitindo a reciclagem das carteiras bancárias e a emissão de financiamentos pelas incorporadoras, com o apoio da reformulada Emgea (Empresa de Gestora de Ativos). “Essas ações são essenciais para elevar a relação crédito imobiliário/PIB (Produto Interno Bruto), alinhando o Brasil aos níveis de financiamento imobiliário observados na União Europeia e no Reino Unido", complementa França.