No Rio de Janeiro, 42% dos habitantes consideram mudar de casa para evitar problemas com enchentes ou secas prolongadasFreepik

A tragédia vivida pela população do Rio Grande do Sul também trouxe impactos para moradores de outros estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, 42% dos habitantes consideram mudar de casa para evitar problemas com enchentes ou secas prolongadas. A situação no sul do país aumentou ainda a preocupação de 68% dos fluminenses com as emergências climáticas. E 38% afirmam que o episódio afetou de alguma forma o desejo de se mudar do local onde vivem atualmente. Os dados são de pesquisa da startup Loft, em parceria com a Offerwise.
"Apesar do percentual de pessoas que pensam em se mudar, são poucos os que têm confiança de que teriam os recursos necessários para fazer a mudança. Dos entrevistados, 18% responderam que 'provavelmente' ou 'com certeza' teriam recursos para dar esse passo", conta Fábio Takahashi, gerente de Dados da plataforma.
Na hipótese de mudança, as características consideradas mais importantes para evitar problemas com esse tipo de episódio são: distância de corpos d'água, como rios, lagos e represas etc. (67%), distância de encostas e morros (59%) e o nível de preservação ambiental da região (53%).
Segundo o estudo, 66% dos entrevistados acreditam que suas moradias já são afetadas por eventos climáticos extremos. Analisando por tipo de situação, 44% afirmaram que já foram afetados ou têm alguém próximo que já foi prejudicado por inundações e/ou enchentes. Outros 35% relataram ter enfrentado ondas de calor – as duas opções mais citadas.
Já no que diz respeito ao país, 62% disseram que eventos climáticos extremos afetam suas moradias. Os mais citados foram inundações e/ou enchentes (32%) e ondas de calor (31%). "Em todos os recortes que fizemos, incluindo classe social, mais da metade dos brasileiros afirmaram já terem sentido o efeito de algum evento climático extremo. A tragédia no Rio Grande do Sul jogou ainda mais luz nessa questão", observa Takahashi.