Prefeito Alexandre Martins (REP) em reunião com representantes da Enel e prefeito Fabiano Horta (PT), durante manifestaçãoAscom/ Redes Sociais

Dois prefeitos estão perdendo a paciência com a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no estado do Rio de Janeiro. De um lado, Alexandre Martins (REP) quer esclarecer os apagões que afetaram bairros da cidade durante o período do Réveillon, com algumas regiões ficando até 48 horas sem energia. De outro, Fabiano Horta (PT), que pretende ingressar com uma ação judicial cobrando solução para as interrupções frequentes de energia elétrica que, desde meados de 2023, causam transtornos aos moradores e comerciantes do município.

Prefeito Alexandre Martins (REP) em reunião com representantes da Enel - Divulgação/ Ascom
Prefeito Alexandre Martins (REP) em reunião com representantes da EnelDivulgação/ Ascom


BÚZIOS COBRA EXPLICAÇÕES

Em Búzios, aconteceu nesta quarta-feira (17), uma reunião entre o prefeito de Armação dos Búzios, Alexandre Martins e representantes da Enel. A empresa foi questionada sobre as razões para a demora no restabelecimento do serviço e cobrada a respeito de ações efetivas em tempo hábil. Por sua vez, a Enel alegou que eventos climáticos inesperados geraram uma demanda fora do comum em toda a região, resultando uma demora no atendimento devido à demanda reprimida. Alexandre compreendeu as eventualidades pontuais, mas expressou sua insatisfação com a forma como os incidentes foram tratados nos casos mencionados. Ele ofereceu apoio para estabelecer uma base avançada da Enel na cidade, especialmente em períodos críticos como o Carnaval. “Compreendemos as adversidades, mas é inaceitável a demora ocorrida nos apagões durante o réveillon”, disse. “Búzios merece um serviço eficiente e estamos tomando medidas para assegurar isso, incluindo a possibilidade de uma base avançada da Enel em nossa cidade.” Por fim, foi feito um acordo de cooperação entre a Enel e a prefeitura para aprimorar a comunicação com os munícipes.

MARICÁ PROMOVE AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Já a Prefeitura de Maricá, vai entrar na Justiça contra a Enel. A ação civil pública, em preparo pela Procuradoria Geral do Município, poderá levar até a suspensão da concessão à empresa responsável pelos serviços de energia elétrica na cidade. No processo, a Prefeitura exigirá da concessionária: um plano de contingência para o verão e outro de investimentos; a suspensão do corte de energia aos inadimplentes, por um prazo de 60 dias, sem cobrança posterior de juros e correção, devido aos prejuízos sofridos, como perda de alimentos e de eletrodomésticos. Indignado com o mau serviço prestado, Fabiano Horta está orientando moradores a registrarem os problemas na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e no Procon-Maricá. Diante da gravidade e da persistência dos problemas, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor, abriu, nesta quarta (17), um processo administrativo e aplicou multa à Enel no valor de R$ 3,4 milhões. Antes, já houve multas somando mais de R$ 3 milhões, também seguidas de processos administrativos pela má prestação de serviços de energia elétrica.