Prefeita Magdala FurtadoReprodução

Em uma decisão nesta terça-feira (22), o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) determinou a suspensão imediata do processo licitatório que visava à terceirização da gestão da saúde de Cabo Frio. A iniciativa, liderada pela prefeita Magdala Furtado, buscava contratar uma Organização Social (OS) para administrar os serviços de saúde da cidade.
A decisão do TCE-RJ atende a um pedido de tutela provisória e coloca um ponto final, pelo menos por enquanto, na tentativa da prefeitura de terceirizar essa área. A investigação, que corre em sigilo, aponta que a administração municipal teria tentado driblar o poder legislativo ao iniciar o processo licitatório sem a devida autorização da Câmara Municipal.
A terceirização da saúde é um tema controverso e que tem gerado debates em diversas cidades brasileiras. Defensores da medida argumentam que a gestão por Organizações Sociais pode trazer mais eficiência e qualidade aos serviços. No entanto, críticos alertam para os riscos de privatização da saúde e a possível precarização das condições de trabalho dos profissionais da área.
Em Cabo Frio, a tentativa de terceirização da saúde gerou grande repercussão e mobilização da sociedade civil. A decisão do TCE-RJ foi vista como uma vitória para aqueles que se opunham à medida.
Em sua decisão, o TCE-RJ justificou a suspensão do certame alegando a necessidade de garantir a legalidade e a transparência do processo licitatório. O Tribunal também destacou a importância de preservar o interesse público e a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população.
Com a suspensão do certame, a prefeitura de Cabo Frio terá que reavaliar seus planos para a gestão da saúde. A expectativa é que a administração municipal abra um novo processo licitatório, desta vez com a devida autorização da Câmara Municipal e atendendo a todas as exigências legais.