Andreia Calçada, psicóloga Divulgação

Sou separado há 10 anos e desde então percebo que minha ex-mulher me desqualifica perante meu filho. Hoje ele tem 13 anos e a convivência está se tornando complicada, pois ele não me ouve mais e não quer passar os fins de semana comigo. Devo buscar ajuda judicial para não perder o contato com ele?
Durante a adolescência, um período marcado por mudanças profundas e busca de identidade, os jovens tendem a se distanciar da família, procurando pertencer a grupos sociais. “Quando ocorre litígio entre os pais, especialmente com sinais de alienação parental, a situação se torna mais complexa. Se a criança é exposta a esse processo desde cedo, a probabilidade de rompimento definitivo do vínculo com o genitor alienado na adolescência é maior. Antes de buscar uma intervenção judicial, é recomendável tentar estabelecer um diálogo com o filho e considerar buscar apoio por meio de psicoterapia”, orienta Andréa Calçada, psicóloga clínica e jurídica.
É claro que o adolescente tem que reconhecer a autoridade dos pais e acatar as decisões. O problema é que aquele que aliena muitas vezes usa o filho para justificar a vingança dele com relação ao outro, manipulando-o e visando conseguir benefícios processuais, financeiros e afetivos.
Por isso a imposição de decisões judiciais para a convivência com o genitor alienado pode ser difícil para o adolescente. Segundo a especialista, o genitor alienador pode usá-lo como instrumento para perpetuar o conflito, minando a autoridade do juiz e dos próprios pais. “Isso cria uma situação delicada, onde o adolescente pode se sentir pressionado a escolher um lado. É primordial ter um bom diálogo e compreensão, visando atenuar os efeitos prejudiciais da alienação parental durante a adolescência”, orienta.
Neste momento delicado, é fundamental priorizar o interesse e a saúde mental do adolescente, afastando-o o máximo possível dos conflitos entre os pais, buscando sempre uma convivência saudável e respeitosa para seu desenvolvimento saudável, salienta o advogado Átila Nunes do serviço www.reclamaradianta.com.br. O atendimento é gratuito pelo e-mail jurídico@reclamaradianta.com.br ou pelo WhatsApp (21) 993289328.
Casos resolvidos pela equipe do Reclamar Adianta (WhatsApp:21 -99328-9328 - somente para mensagens: Monique Ramos( Águas do Rio), Alan Peixoto (Light), Daiane Becker (Comlurb)