O vôlei sempre foi referência na vida de Bruninho: a mãe, Vera Mossa, foi uma das principais jogadoras da sua geração, e o pai, Bernardinho, além de integrante da Geração de Prata, se transformou num dosmaiores técnicos do mundo. Mas esse carioca de 33 anos não quis apenas admirar a conquista dos pais e escreveu a sua própria história nas quadras com todos os títulos possíveis no currículo: o mais recente foi o Mundial de Clubes conquistado de forma inédita pelo Lube Civitanova, da Itália, no dia 8, em Betim, com uma vitória diante do Sada Cruzeiro.
"Cada título para mim é especial. Mas esse Mundial de Clubes, por ser o único título que faltava no meu currículo, foi algo incrível. E ter sido no Brasil, perto da minha família e amigos, só deixou esse momento ainda mais eternizado", diz Bruninho, que contou com a torcida da mãe na fase de classificação e do pai nas finais do Mundial em Betim.
Pela Seleção, Bruninho ganhou Olimpíada, Mundial, Sul-Americano, Copa do Mundo, Liga Mundial, Copa dos Campeões e Pan-Americano. Por clubes, já havia conquistado Superliga, Sul-Americano, Copa Brasil, Italiano, Supercopa Italiana, Copa Itália e Champions League, além de estaduais.
Em Betim, terminou o Mundial como o melhor levantador e foi escolhido como MVP, mas entregou o prêmio para o ponteiro Leal, cubano naturalizado brasileiro, seu companheiro de clube e na Seleção. "Acredito que o Leal hoje seja o melhor jogador do mundo. Ele se tornou um jogador dominante. Aquele jogador de segurança que muda um set ou uma partida a qualquer momento. O meu gesto foi apenas porque ele merecia o MVP mais do que eu e qualquer outro jogador", afirma.
Este ano foi realmente especial para o levantador, que ganhou o Italiano, a Champions League e o Mundial de Clubes pelo Civitanova, além da Copa do Mundo pela seleção brasileira. "Sem dúvida, é um ano especial. Pelas conquistas, por representar meu país, mas sobretudo por continuar fazendo o que amo e com saúde. Sou grato a Deus por tudo", diz ele.
Aos 33 anos, Bruninho se prepara agora para a sua quarta Olimpíada na carreira, com um ouro na Rio-2016 e duas pratas, em Pequim-2008 e em Londres-2012, no currículo. "Estou motivado para buscar mais uma medalha. E maduro por saber o quanto é difícil chegar lá. Mas sem dúvida a Seleção vai se preparar da melhor maneira para buscar esse sonho", avisa.