Rio - De repente, tudo vira de ponta-cabeça: um surto de zumbis toma conta da terra, destrói cidades e ameaça a humanidade. Pode não ser roteiro dos mais originais, mas a superprodução ‘Guerra Mundial Z’, estrelada por Brad Pitt, já registra faturamento superior a R$ 200 milhões. Um marco: trata-se da maior bilheteria em estreias do protagonista, que tem, no currículo, extensa lista de blockbusters, como ‘Clube da Luta’ (1999), ‘Onze Homens e Um Segredo’ (2001) e ‘Tróia’ (2004).
É uma resposta rápida à catástrofe que parecia anunciada. Com diversas cenas que tiveram de ser refilmadas, o longa tornou-se o mais caro filme de horror já produzido (cerca de R$ 400 milhões).
Em cena, Brad Pitt entra na pele do herói Gerry Lane, representante da ONU que tem a complicada missão de encontrar algo que possa conter o surto de zumbis, que infectam os humanos com mordidas. O galã, aliás, cancelou uma viagem ao Brasil para divulgar o longa. Argumentou que um evento luxuoso destoaria do clima de insatisfação levantado pela onda de protestos que varrem o país. Curioso: se zumbis podem ser entendidos como metáfora para populações resignadas, temos, hoje, uma infestação de Gerry Lanes brasileiros?