Por nara.boechat

Rio - Coprodução entre Brasil e França orçada em R$ 26 milhões, o filme ‘Amazônia — Planeta Verde’, que abriu o Festival do Rio deste ano, não precisará ser traduzido para os idiomas dos 26 países em que será exibido — a estreia nos cinemas brasileiros está marcada para 13 de dezembro. É que, no limiar entre documentário e ficção, o longa, sem diálogos, não humaniza os bichinhos.

Filme mostra a trajetória de Kong%2C um macaco prego muito malandroAraquém Alcântara / Divulgação

“Fomos ao ambiente dos animais. Não os trouxemos para o nosso”, resume o roteirista Luiz Bolognesi. Dirigida pelo francês Thierry Ragobert, a superprodução faz, em 83 minutos, um grande mergulho na vida da floresta. Tudo rodado em 3D. O espectador vai acompanhar a trajetória do macaco-prego Kong, único sobrevivente de um acidente de avião. Um personagem, aliás, cheio de malandragem.

“Estudamos o comportamento do macaco, entrevistamos especialistas e pesquisamos o folclore, a sabedoria popular. Decidimos, então, fazer um macaco malandro, que é real”, conta Bolognesi. “‘O Vagabundo’, do Charles Chaplin, é muito parecido com Kong. Não é o herói, o mais forte. É frágil e ingênuo. Mas engana. Isso conquista o público”, afirma o roteirista.

Filmar o longa, entre 2011 e 2013, não foi tarefa das mais fáceis. “Era uma equipe de 100 pessoas, com 45 toneladas de equipamento, que teve de entrar em lugares de difícil acesso. E, na floresta, chove de quatro a cinco vezes por dia, a umidade do ar é altíssima e a temperatura ambiente chega a 40°”, enumera o produtor Fabiano Gullane.

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