Por daniela.lima
Lucas Santanna (E)%2C Chico Dub e Marcelinho da Lua%2C atrações da estreia do festival no Centro Cultural Banco do BrasilAlexandre Vieira / Agência O Dia

Rio - DJ Marcelinho da Lua chega de skate ao Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro. “Vim de Laranjeiras. Com esse trânsito louco que está no Rio, o melhor é vir de bicicleta ou mesmo skate. Fica a dica!”, recomenda ele, convidando para o ‘MPB Eletrônica’, amanhã e nos dois sábados seguintes. 

Com entrada a preços populares, o evento recebe dez atrações em suas três noites, entre DJs e artistas que flertam de alguma forma com os beats eletrônicos: Marcelinho da Lua, os também DJs cariocas Chico Dub e Omulu, além do cantor e compositor baiano Lucas Santtana, estão na programação da estreia.

“Hoje, nesse mundo onde tudo é eletrificado, praticamente toda banda tem algo eletrônico no meio. Não tem que ter necessariamente um DJ ou uma máquina no palco. A ideia é quebrar esse paradigma de que música eletrônica é música robótica”, ressalta Santtana, que assina a curadoria do projeto. “Para essa primeira edição do festival, convidei artistas da moderna música brasileira que admiro e que trazem nos seus trabalhos uma maneira própria de absorver elementos da música eletrônica.”

Para o sábado seguinte, dia 31, ele selecionou o rapper BNegão e os DJs Mauricio Fleury (de São Paulo) e Nepal (do Rio). O cantor e compositor paulista Curumim, e os DJs Chico Correa (da Paraíba) e Michell (do Rio, que comanda desde 1991 o tradicional Baile Charme do Viaduto de Madureira) encerram a programação, em 7 de fevereiro.
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"E os preços são muito convidativos, só R$ 10, com meia a R$ 5”, destaca Santtana. “Se você pensar que a maioria dos shows atualmente está custando pelo menos R$ 40, R$ 50, assistir a várias atrações em uma noite por dez pratas é sensacional!”.
Um dos nomes mais badalados da programação, Marcelinho da Lua — fundador do Bossacucanova e que tem no currículo trabalhos com Seu Jorge, Mart’nália, João Donato, Chico Buarque, Lenine, Roberto Carlos, Kid Abelha e Paralamas do Sucesso, entre outros — anuncia que preparou um set especialmente para a ocasião.
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“Estou muito empolgado com a música eletrônica feita no Brasil ultimamente. Os artistas estão cada vez mais livres, de tal forma que não se sabe mais o que é funk ou dub step, por exemplo. As fronteiras entre esses subgêneros estão sumindo, especialmente por ter cada vez mais elementos da música regional misturado”, avalia. “Na minha apresentação, vou fazer um apanhado do melhor que tenho escutado, da Paraíba ao Rio Grande do Sul”, antecipa.
Curador e diretor artístico do festival ‘Novas Frequências’, o DJ Chico Dub completa: “A música eletrônica já entrou em todos os gêneros musicais, não há mais como separar”, decreta. 
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NA PISTA 
AMANHÃ
DJ Chico Dub (21h)
DJ Marcelinho da Lua (22h30)
Lucas Santtana (0h)
DJ Omulu (1h30)
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DIA 31 DE JANEIRO
DJ Mauricio Fleury (21h)
BNegão e Os Seletores de Frequência (0h)
DJ Nepal (1h30)
DIA 7 DE FEVEREIRO
DJ Chico Correa (21h)
Curumim (0h)
DJ Michell (1h30)
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ESTACIONAMENTO DO CCBB-RIO.
Rua Primeiro de Março 66, Centro (3808-2020).
INGRESSOS: R$ 10 (estudantes e maiores de 60 anos pagam meia). Retirada de senhas uma hora antes do evento. 16 anos. 
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BATIDÃO ERUDITO
A música eletrônica, veja só,
já dominou até a música erudita. O festival Rc4, que termina neste fim de semana, no Oi Futuro de Ipanema, promove o encontro improvável entre a música clássica e o universo da música eletrônica. Com programação que inclui artistas que nunca se apresentaram no Rio, hoje o evento destaca o suíço Etienne Aberlin (foto) e os brasileiros Wilson Sukorski e Katia Baloussier. Amanhã, se apresenta o Brandt Brauer Frick Trio, um dos mais cultuados grupos inovadores da atualidade no cenário alemão.
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OI FUTURO.
Rua Visconde de Pirajá 54, Ipanema (3131-9333). Hoje e amanhã, às 21h. R$ 20 (estudantes e maiores de 60 anos pagam meia). Livre.
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